por Jocelem Salgado
“A hiperatividade é caracterizada pela desatenção e impulsividade. Este problema é muito mais freqüente em meninos do que em meninas. A falta de atenção pode ser identificada pela dificuldade de prestar atenção em atividades escolares e de trabalho; parecer não escutar quando os outros falam com você; não seguir instruções e não terminar tarefas escolares, domésticas ou no trabalho; dificuldade em organizar tarefas e atividades, pois adultos também sofrem do mal”
O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é um distúrbio neurocomportamental que vem sendo pesquisado por vários centros de referência no mundo. A prevalência desse transtorno no Brasil chega a 5,5%. Crianças com esse problema apresentam baixo rendimento escolar, baixo auto-estima por se sentirem incapazes, e muitas vezes dificuldades no convívio social. Há queixas por parte da escola no que se refere à disciplina. Muitas vezes torna-se importante prestarmos atenção aos alunos que não apresentam hiperatividade, mas somente desatenção.
São alunos quietos que em geral não atrapalham a aula, mas também possuem baixo rendimento escolar.
Os estudos nacionais e internacionais situam a prevalência do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) entre 3% e 6%, sendo realizados com crianças em idade escolar na sua maioria.. Estudos têm demonstrado que crianças com essa síndrome apresentam um risco aumentado de desenvolverem outras doenças psiquiátricas na infância, adolescência e idade adulta.
Atualmente acredita-se que em torno de 60% das crianças com TDAH ingressarão na vida adulta com alguns dos sintomas (tanto de desatenção quanto de hiperatividade-impulsividade) porém em menor número do que apresentavam quando eram crianças ou adolescentes.
Para se fazer o diagnóstico de TDAH em adultos é obrigatório demonstrar que o transtorno esteve presente desde criança. Isto pode ser difícil em algumas situações, porque o indivíduo pode não se lembrar de sua infância e também os pais podem ser falecidos ou estar bastante idosos para relatar ao médico. Mas em geral o indivíduo lembra de um apelido (tal como “bicho carpinteiro”, etc.) que denuncia os sintomas de hiperatividade-impulsividade e lembra de ser muito “avoado”, com queixas freqüentes de professores e pais. A existência da forma adulta do TDAH foi oficialmente reconhecida apenas em 1980 pela Associação Psiquiátrica Americana. E, desde então, inúmeros estudos têm demonstrado a presença do TDAH em adultos.
Os adultos com TDAH costumam ter dificuldade de organizar e planejar suas atividades do dia-a-dia. Por exemplo, pode ser difícil para uma pessoa com TDAH determinar o que é mais importante dentre muitas coisas que tem para fazer, escolher o que vai fazer primeiro e o que pode deixar para depois. Em conseqüência disso, quem tem TDAH fica muito “estressado” quando se vê sobrecarregado (e é muito comum que se sobrecarregue com freqüência, uma vez que assume vários compromissos diferentes), pois não sabe por onde começar e tem medo de não conseguir dar conta de tudo. Os indivíduos com TDAH acabam deixando trabalhos pela metade, interrompem no meio o que estão fazendo e começam outra coisa, só voltando ao trabalho anterior bem mais tarde do que o pretendido ou então se esquecendo dele.
Hiperatividade é caracterizada pela desatenção e impulsividade
A hiperatividade é caracterizada pela desatenção e impulsividade. Este problema é muito mais freqüente em meninos do que em meninas. Acredita-se que pode ser uma doença herdada dos pais e influenciada pelo meio. A hiperatividade se nota pela presença freqüente em agitar as mãos ou os pés ou se remexer na cadeira; abandonar sua cadeira em sala de aula ou outras situações nas quais se espera que permaneça sentado; correr em situações nas quais isto é inapropriado; pela dificuldade em brincar ou envolver-se silenciosamente em atividades de lazer; estar freqüentemente “a mil” ou muitas vezes agir como se estivesse “a todo o vapor”.
A falta de atenção pode ser identificada pela dificuldade de prestar atenção em atividades escolares e de trabalho; parecer não escutar quando os outros falam com você; não seguir instruções e não terminar tarefas escolares, domésticas ou no trabalho; dificuldade em organizar tarefas e atividades.
Os sintomas de impulsividade são freqüentemente dar respostas precipitadas antes das perguntas terem sido concluídas; com freqüência ter dificuldade em esperar a sua vez; e freqüentemente interromper ou se meter em assuntos de outros.
O impacto desse transtorno na sociedade é enorme, considerando-se seu alto custo financeiro, o estresse nas famílias, o prejuízo nas atividades escolares e no trabalho, bem como efeitos negativos na auto-estima das crianças e adolescentes. Estudos têm demonstrado que crianças com essa síndrome apresentam um risco aumentado de desenvolverem outras doenças psiquiátricas na infância, adolescência e idade adulta.
Alimentação, hiperatividade e déficit de atenção
A ingestão de uma boa quantidade de hortaliças, vitaminas, cereais, é essencial para uma alimentação saudável, porém há alimentos que podem ser evitados para diminuir esses problemas.
Alimentos e bebidas contendo cafeína devem ser retirados da dieta, visto que a cafeína tem poder excitatório. O excesso na ingestão de carnes vermelhas também pode ser um fator decisivo, pois podem agir como estimulante físico aumentando a excitação.
Devemos nos preocupar também com aditivos alimentares , por exemplo os salicilatos, que são substâncias usadas em alimentos para dar cor e sabor. Esses aditivos podem bloquear a produção de protaglandina, um fluido corporal que age como hormônio e controla muito dos processos físicos no corpo estimulando as células nervosas.
As prostaglandinas estão envolvidas nas reações alérgicas que bloqueiam a sua liberação, sendo assim, deve-se observar o paciente e descobrir alimentos que para ele são alergênicos. O açúcar refinado em excesso,deve ser evitado, pois pode aumentar a produção de adrenalina.
O ômega 3 e o ômega 6 são considerados gorduras essenciais para o nosso corpo, as quais obtemos através da dieta e não somos capazes de produzi-las. O nosso corpo usa essas gorduras essenciais para formar hormônios responsáveis por muitas funções. O aumento na ingestão de ômega 3 e ômega 6 pode trazer benefícios comportamentais nas crianças hiperativas. Alimentos ricos em gorduras essenciais são os peixes, óleo de canola, soja, semente de linhaça e óleo de prímula.
Alimentos que contém salicilatos e devem ser evitados:
• Frutas secas
• Morango, framboesa, amora
• Laranja
• Damasco
• Pepino
• Picles
• Molho de tomate
• chás