Explicamos o que está por trás da insatisfação com vida e por que isso se torna uma prisão num ciclo interminável que te impede de ser feliz
Um dos equívocos mais comuns que o ser humano costuma cometer, é acreditar que satisfação e felicidade são sinônimos.
A maioria vive permanentemente buscando alcançar a realização de seus desejos, na ilusão de que, assim, obterá a tão sonhada felicidade.
A dinâmica da insatisfação com a vida
Quando não consegue o que deseja, a pessoa se sente frustrada e infeliz. Se ao contrário, conquista o sonho, experimenta um sentimento de segurança.
A questão é que essa sensação é logo substituída pelo mesmo vazio anterior e, para preenchê-lo, cria-se então um novo desejo.
Esse ciclo interminável só pode ser interrompido, se tomamos consciência de como ele foi construído e se tornou nossa realidade.
Quando éramos pequenos, e totalmente dependentes de cuidados, todas as vezes que nossas necessidades básicas eram atendidas, uma sensação de paz e conforto nos invadia.
O problema é que na vida adulta essa satisfação primordial já não é suficiente, pois nos fizeram acreditar que a felicidade consiste em algo muito mais amplo, que exige mais itens para ser finalmente alcançada.
Resgatar a consciência de que grande parte de nossos desejos são artificiais, e que podemos ser felizes com muito menos do que imaginamos, é o único caminho para que possamos experimentar um estado de serenidade.
Essa tarefa exige atenção permanente sobre nossos sentimentos e emoções, de modo a que possamos identificar com clareza o que é necessidade e o que não passa de um desejo artificial, ao qual nos apegamos por carência. Quanto menos ansiarmos por obter conquistas exteriores, mais chances criaremos de experimentar a verdadeira felicidade, aquela que não depende de nada para existir, pois já é parte de nós.