Mantras que podem deixá-lo doente

O próprio diagnóstico médico pode se transformar em “mantra”, determinar agravamento da enfermidade e mesmo antecipar a morte

A doença pode acontecer e, com ela, conteúdos negativos repetidos cristalizam essa realidade de forma ainda mais notável ou caricata. A estrutura de linguagem e o medo inerentes ao adoecimento são intensificadores da vivência.

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O próprio diagnóstico médico pode se transformar em “mantra”, determinar agravamento da enfermidade e mesmo antecipar a morte. Quando alguém se apropria da doença, como se vestisse uma roupa, “Eu sou asmático” ou “Eu tenho câncer”, estabelece um vínculo íntimo e minimiza as chances de uma relação temporária de caráter pedagógico, comum a várias formas de adoecimento.

Diagnóstico pode ser um mantra aberto à possibilidade de cura  

Pensar o diagnóstico como um “mantra” aberto à possibilidade de mudança como: “Eu estou passando por uma crise de asma” ou “Eu estou passando pelo tratamento de um câncer”, auxilia e facilita o processo de restauração da saúde.

Por muito tempo a doença foi entendida como um processo externo a ser combatido, e apenas recentemente os fatores pertinentes à interioridade, à subjetividade e ao psiquismo estão sendo considerados como fatores adjuvantes importantes a serem trabalhados com vista à saúde plena.

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O sentido da vida e a doença  

A ansiedade e a depressão, consequentes à vida sem sentido, deslocam as pessoas do presente rumo aos abismos sem fundo do passado e do futuro. A saúde acontece sempre no presente, os aprisionamentos no passado ou futuro são pródromos do adoecimento. Quando existe um sentido na vida, a doença deixa de ser necessária em muitos casos!

Pergunte então constantemente, por que eu vivo? O que me move todos os dias quando acordo? O que realmente cabe a mim, e apenas a mim realizar em vida?

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Como a vida pode ser saúde

O medo precisa ser tratado e sua presença compreendida antes de qualquer decisão reativa. Transformar reatividade em atividade é uma fundamental do estado de saúde. Nunca é demais lembrar que morte não é o contrário de vida, mas de nascimento. É preciso melhorar nossa relação com a morte e o morrer, para que a vida seja saúde! A forma como compreendemos a vida é uma determinante pouco conhecida e explorada e tem alcance terapêutico profundamente transformador.

Uma predisposição genética não significa absolutamente que a doença se manifestará, senão apenas uma oportunidade de ouro para a mudança de hábitos e de não repetir os hábitos do familiar acometido. O fato de hoje vivermos uma epidemia baseada no medo, decorre do desconhecimento da importância de nossa forma de viver como determinante do processo de adoecimento. Acima de tudo é importante paciência, o poderoso antibiótico natural, pois a quadratura entre Saturno e Urano se desfaz de fato apenas ao final de 2022. Um excelente 2021 a todos!

Médico Neurocirurgião pelo HCFMUSP Doutor em Neurociências pelo ICBUSP Graduado em Física pela USP Especialista em Medicina Antroposófica pela ABMA Autor do livro e do blog: Saúde é Consciência Meu blog: http://saudeconsciencia.blogspot.com