por Jou Eel Jia
A memória é nossa verdadeira identidade, nosso RG. Por isso precisamos preservá-la. Tudo o que lembramos, principalmente se vier com forte carga emocional (positiva ou negativa), marca a nossa vida.
É a memória que constrói a nossa personalidade, a maneira como lidamos com as dificuldades, pois enxergamos a perspectiva do presente através da experiência do passado.
A memória é uma vivência do passado embutida em nossas células. Uma visão da moderna neurociência é que quando há uma alteração na capacidade de transmissão de comunicação entre as células nervosas (sinapses), há uma descarga de neurotransmissores. Ou seja, a formação de um traço de memória. E na MTC, forma-se a memória quando se tem uma maior descarga de Ch'i (energia ou consciência)
Traços de memória
A memória que se tem do avô pode trazer na vida adulta sentimentos inerentes às qualidades vistas nele durante a infância, como proteção e afeto.
Esses traços comportamentais vindos da memória podem gerar atitudes de empatia ou antipatia em relação a alguém. Uma pessoa que teve um avô bondoso, pode criar uma relação de zelo e proteção com o idoso. A paixão ou o amor à primeira vista também podem ter sua origem nesses traços de memória.
Com a idade se perde conexão de sinapses, ou seja, perdem-se traços de memória.
Memória e o tempo
Existem memória de curto, médio e longo prazo
Curto e médio prazo: pode durar minutos ou semanas.
Memória de longo prazo: traz uma alteração definitiva no cérebro. Essa memória possui uma marca tão profunda, que o acontecimento jamais será esquecido.
Perda de memória
Pode ser causada pela falta de foco mental, onde a parte de uma situação desaparece da mente. Exemplo: você vê uma pessoa, lembra tudo sobre ela, mas não consegue lembrar o seu nome.
Quando não se lembra absolutamente de nada, aí sim, se caracteriza a perda de memória, que pode ser causada por traumas, lesão cerebral traumática ou por processo degenerativo das células como o mal de Alzheimer.
Solução
Fora os processos degenerativos e traumáticos, através da meditação, pode-se recuperar a memória. Isso porque as células gliais entram em ação. Elas são essenciais para o aprendizado e para a construção de lembranças, além de importantes na recuperação de lesões neurológicas. Experiências para provar isso estão em andamento.