por Anette Lewin
"Sou adolescente e estou apaixonada por um garoto, já dei várias indiretas, mas parece que ele nem me nota."
Resposta: Para você, que é tão jovem e está começando a viver as primeiras paixões, tenho algumas coisas a dizer. Em primeiro lugar: ninguém consegue "adivinhar" se uma paixão vai dar certo ou não. Quando a gente se apaixona tem que arriscar. Se eu fosse você, tentaria deixar mais claro para o garoto o que você sente.
Você já deu umas "incertas", mas será que ele notou mesmo? A cabeça da pessoa apaixonada, às vezes imagina coisas que ela quer que aconteça e não o que acontece de verdade! Então demonstre, aproxime-se, fale com o olhar e com as palavras, não tenha medo! Você é muito jovem e, com certeza, vai ouvir muitos "sins" e muitos "nãos" na sua vida amorosa. Então…arrisque, tente. Se conseguir, que maravilha! Se não conseguir, alguma coisa você vai aprender. E algum dia, juntando todas as coisas que aprendeu com os "nãos" e os "sins" que ouviu, você se tornará uma pessoa com muitas histórias para contar. Melhor do que se tornar alguém que nunca arriscou, nunca levou um tombo, mas também nada tem para recordar com um sorriso no rosto, não é?
Gostaria de saber se a pessoa que conheci – loiro de cabelos cacheados – vai entrar em contato comigo.
Ou se devo entrar em contato e como devo proceder?
Resposta: Interessante a forma de você formular sua pergunta. Num primeiro momento assume uma posição passiva entregando a mim o "poder" de adivinhar as coisas. Imediatamente, porém, talvez pela percepção intuitiva de que ninguém simplesmente "adivinha" coisas, percebe que se você quiser conquistar alguém, seja lá quem for, terá que se empenhar, se esforçar e, sobretudo, arriscar. Sua própria pergunta, portanto, traz uma resposta dada por você mesma. E, geralmente, é isso que acontece quando temos dúvidas, atribuímos a outras pessoas poderes que elas não têm! Embora opiniões diferentes, idéias diferentes e vivências diferentes possam ajudar em nossas decisões, em geral a resposta está dentro de nós mesmos.
Meu filho é tímido e tem baixa auto-estima com as garotas
Eu sou viúva, ele estuda fora, mas vem para casa nos finais de semana
Resposta: Você pode sugerir a ele uma psicoterapia. Você como mãe não pode fazer o papel de "depositária" das angústias dele, principalmente sendo viúva. Esse papel deve ser exercido por um profissional, psicólogo (a), que o ajude a não ser um estranho para ele mesmo, que o ajude a melhorar sua auto-estima e a recuperar o prazer de viver.
Cuidado, porém, com suas expectativas pessoais a respeito de seu filho. Ele é uma pessoa íntrovertida e não se tornará extrovertido de um momento para o outro. Voltar para casa nos finais de semana não significa um problema, talvez seja apenas um cuidado com você. O fato dele ter dificuldade em se adaptar a novas situações pode significar apenas que ele é cuidadoso e não se entrega antes de entender a situação. Pessoas têm características próprias que, quando bem aproveitadas, não são boas ou ruins. São elas que fazem de cada pessoa um indivíduo diferente de qualquer outro. Contrariando as pressões a favor da massificação, isso é uma vantagem, não uma limitação.
Atenção: As respostas do profissional desta coluna não substituem uma consulta ou acompanhamento de um profissional de psicologia e não se caracterizam como sendo um atendimento.