Por Blenda de Oliveira
Depoimento de uma leitora:
"Olá tenho uma situação de marido 'psicopata'. Ele desvaloriza tudo o que eu faço: me chinga, faz me sentir culpada dos erros dele etc. Mas por outro lado, diz que me ama. Será possível isso ser verdade? E se for, há maneira de curá-lo dessa doença?"
Resposta: Você expõe uma situação bastante delicada e, talvez com poucas perspectivas de mudança, se não houver a determinação de sua parte de decidir como quer um relacionamento e o empenho de seu parceiro para se tratar.
O que ocorre fala a favor de um quadro de muita instabilidade emocional por parte de seu marido, de certa forma, alimentado é mantido por sua aceitação.
Falar em psicopatia é algo mais sério e que seria necessário que algum psiquiatra o avaliasse. Independente desse ou qualquer outro diagnóstico, há uma importante instabilidade e impulsividade emocional.
Infelizmente, uma relação conjugal deve se compor de algo além do amor que ele, na calmaria, afirma ter por você.
Um dos elementos derivados do amor é o respeito e a admiração. Podemos pensar, do seu lado, o que a faz amar o modo rude, egoísta, impulsivo e descontrolado com que tantas vezes tem que conviver?
Não será que amar alguém tão diferente do seu próprio modo de ser traduz algo importante sobre sua autoestima? Por que precisa ou acredita que precisa passar por tudo isso?
Claro que há um outro fator que pode fazer com que você se apegue a uma relação na qual é mal tratada é a esperança: "quem sabe um dia ele irá mudar"!
Baixa autoestima junto com uma certa ideia de que poderá ajudá-lo a mudar forma uma mistura que mantém a relação presa a uma esperança nem sempre factível. Para ele mudar é necessário que ele queira e para querer é importante que perceba o mal que tem feito a ele e a você.
Há relações em que um dos parceiros – em defesa do amor – suporta anos de ofensas e humilhações antes de fazer o que deveria ter feito logo: se afastar.
Considere cuidar de você, se fortalecer e levantar sua autoestima.
Pessoas com boa autoestima e com uma razão forte só se interessam por relações em que haja correspondência: amar e ser amado do mesmo modo!
Boa sorte!
Atenção!
Este texto não substitui uma consulta ou acompanhamento de um psicólogo e não se caracteriza como sendo um atendimento.