Minha mulher diz que tenho de adivinhar o que lhe dá prazer na transa

“Minha mulher durante a transa joga a responsabilidade da transa em cima de mim… ela não sinaliza nada, nenhum caminho ou roteiro. Segundo ela, eu é que tenho que descobrir (adivinhar) os pontos de prazer dela ou o que mais a excita e como chegar a esses lugares. Como eu lido com isso? Se você puder me orientar… fico muito, mas muito agradecido.”

Resposta: Caro leitor: muitos desencontros e ressentimentos na cama são resultado da falta de diálogo sobre as necessidades, desejos e limites de cada uma das partes do relacionamento. Tudo que reflete na outra pessoa da relação deve ser conversado de maneira franca e respeitosa, pois frequentemente a comunicação entre os casais apresenta ruídos que levam a conflitos, sexuais ou não. É importante que a mensagem enviada por um possa ser ouvida e compreendida pelo outro.

Continua após publicidade

Adivinhar os desejos e preferências sexuais da sua mulher

 O prazer sexual é uma experiência mútua, na qual as distorções podem gerar frustrações, como a que você nos expõe: de que a sua parceira acha que você tem que adivinhar os desejos e preferências dela.

A responsabilidade pelo prazer sexual não deve ser exclusivamente atribuída à outra pessoa, mas compartilhada entre ambas na intimidade. Neste sentido, promover conversas sobre o conhecimento que cada um tem do seu próprio corpo e suas respostas de prazer pode propiciar um clima de igualdade e parceria nas relações sexuais.

Enfim, na esfera sexual, a identificação sobre o que agrada ou não cada um e a experimentação e exploração compartilhada pode ajudar a estimular a flexibilidade para a renovação dos scripts sexuais, sempre que necessário ou desejável.

Atenção!
Esta resposta não substitui uma consulta ou acompanhamento de uma psicóloga e não se caracteriza como sendo um atendimento.

É Psicóloga Clínica, Terapeuta Sexual e de Casais no Instituto H.Ellis-SP; psicóloga no Ambulatório da Unidade de Medicina Sexual da Disciplina de Urologia da FMABC; Doutora em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; epecialista em Sexualidade pela Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana – SBRASH; autora do livro “Mulher: produto com data de validade” (ED. O Nome da Rosa) Mais informações: www.instituto-h-ellis.com.br