por Silvia Maria de Carvalho
Vivemos numa cultura competitiva e mesmo sem perceber estamos nos comparando com os outros quase a maioria do tempo. Pensamentos como: "Já não tenho mais idade para aprender isso" ou "Para que começar tal atividade se já tenho X anos?", são comuns.
Penso que é fácil perder de vista e eixo principal, que mantém o equilíbrio e a autoestima elevada: a gente mesmo.
Interessante poder olhar para trás e ver de onde partimos. Comparar você com você mesmo, geralmente tem mais emoção e resultado. Além de ser mais justo.
Como comparar a sua vida com a de outra pessoa completamente diferente de você, que tem na sua história variáveis tão desconhecidas para quem as olha de fora. Que tendência infeliz temos de recortar um momento da vida do outro, sem levar em conta o contexto e as razões que o levaram até ali. Ponta de iceberg!
Por isso digo: comparar banana e laranja vai resultar em banana e laranja. São diferentes. Comparar a banana com ela mesma é algo, no mínimo, interessante. De onde ela veio, como amadureceu, por exemplo.
Resgatar sua criança interior é um bom exercício na conquista da confiança. Levantar pontos que te tornam uma pessoa única. O seu ponto de partida. E treinar os olhos para valorizar que tudo que você já conquistou e aprendeu. Como pode aperfeiçoar, o que pode aprender a partir disso e por aí vai.
"Em todo adulto espreita uma criança – uma criança eterna, algo que está sempre vindo a ser, que nunca está completo, e que solicita, atenção e educação incessantes. Essa é a parte da personalidade humana que quer desenvolver-se e tornar-se completa." Yung