Violência contra à mulher

Violência é qualquer conduta que cause dano moral, que traga diminuição à autoestima, que prejudique seu desenvolvimento, seja no trabalho, estudo, outro relacionamento ou ato que tente controlar comportamentos mediante constrangimento, humilhação, manipulação, insultos, chantagem ou qualquer outro meio que cause prejuízo à saúde psicológica.

1º tipo: violência moral

É entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria. Ela acontece nas famílias, relacionamentos entre ‘amigos’, ambientes profissionais, escolares e de lazer.

2 º tipo: violência psíquica

O parceiro tenta ter um controle e critica tudo o que o par faz, como se fosse ruim ou errado. Desqualifica as relações afetivas com familiares, amigos, colegas de trabalho ou estudo. Quer controlar o jeito de vestir, comer e se expressar do companheiro.

Podem ocorrer xingamentos, expor o par a situações públicas humilhantes. Podem fazer críticas ofensivas ao corpo ou performance sexual em “tom de brincadeira”.

Necessidades de quem sofre violência psíquica

Primeiro, precisamos ajudar no reconhecimento por parte das vítimas da violência que elas vivenciam, pois muitas não percebem a violência psíquica a que são submetidas. Elas precisam entender a codependência. Ou seja, as dificuldades que essas vítimas têm em romper a convivência com a pessoa agressora, com essa relação tóxica. Muitas têm medo de se sentirem desprotegidas, ficar sem recursos financeiros para sobreviver.  Há as que temem perder o status de ter um relacionamento. Essas mulheres precisam de respaldo para lidar com a insegurança financeira, perda de proteção e patrimônio, mesmo que seja um celular, casa alugada, geladeira…

É importante ajudar essas mulheres a reconhecerem seu direito de romper. Para isso precisamos dar apoio piscoafetivo e até jurídico para que se sintam empoderadas para se libertarem dessas relações.

As vítimas dessas múltiplas violências acabam por desenvolver quadros de ansiedade intensa, que podem comprometer sua autoconfiança e crença na capacidade de reconstruir sua vida.

3º tipo: violência física 

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma em cada três mulheres é vítima de abusos físicos em todo mundo.

Vítimas do machismo e da repressão, mais de 100 milhões de mulheres no mundo, já sofreram mutilação genital (OMS). Este fato absurdo ocorre por questões culturais e religiosas. Cerca de 70 milhões de mulheres se casam antes dos 18 anos, e frequentemente contra sua vontade, com parceiros que nem conhecem, escolhidos pela família. É triste pensar nesses dados, e pior ainda, saber que a estimativa da OMS é de que 7% das mulheres correm o risco de sofrer violência em algum momento de suas vidas.

No Brasil quatro mulheres sofrem agressões por minuto. A fundação Perseu Abramo traz estimativas da ocorrência de mais de dois milhões de casos de violência doméstica e familiar por ano. Segundo o Fórum de Segurança Pública, no ano de 2018, 536 mulheres foram agredidas por hora no Brasil, que apresenta a quinta maior taxa de feminicídios do mundo.

4º tipo violência sexual


No Brasil foi contabilizado mais de 66 mil casos de violência sexual em 2018. O que demonstra a ocorrência de mais de 180 estupros por dia – inclusive estupro marital. E a violência sexual contra crianças ocorre dentro de casa em 70% das ocorrências.

Muitos que leem este texto vivem ou conhecem alguém que esteja vivendo um relacionamento tóxico. Vamos empoderar essas mulheres para que possam fazer buscas saudáveis em suas vidas.