Por Eduardo Yabusaki
É sabido que pais ou mesmo avós sempre querem o melhor para seus filhos e netos. Entretanto, nem sempre esses adolescentes querem tomar conhecimento da opinião dos mesmos ou serem aconselhados sobre relacionamento em suas vidas.
Existem situações de exposição a riscos físicos e mesmo que atentam contra a vida, em que se faz necessário uma intervenção mais radical e mesmo legal. Nesses casos em que se tenha evidências claras sobre os riscos, ainda assim, os adolescentes e mesmo jovens inexperientes acabam se deixando levar pela paixão e intensidade momentânea sem perceberem os perigos a que se expõem.
Fora dessas condições, não devemos impedir um relacionamento, mas sim, buscar o caminho para trocar ideias sobre o assunto, o que já será de grande valia. Afinal, eles sempre manifestam indisposição ou falta de paciência para conversar sobre seus sentimentos ou relacionamento.
Por mais que tenhamos manifestações de uma ou das duas partes de que eles não tenham tantas identificações ou coisas em comum; ou a forma como se relacionam não seja construtiva ou recíproca, temos que ir aos poucos introduzindo conceitos e realidades que possam fazer parte do anseio e desejo de um bom relacionamento e não simplesmente censurar ou criticar o que esteja acontecendo entre ambos.
Expondo conceitos sobre construção de um bom relacionamento, de boa convivência e que possa ser longevo, talvez possamos sensibilizar para que olhe para o que esteja acontecendo consigo e promover uma reflexão sobre sua satisfação e contentamento.
Uma difícil situação vivenciada pelo adolescente pode não estar clara ou perceptível para ele. Portanto, cabe aos pais ou avós, mais maduros e experientes, facilitar essa busca.
Por outro lado os adolescentes, por vezes, sentem necessidade de recorrer à opinião dos pais ou de pessoas mais velhas e acabam se frustrando por não encontrar abrigo em relação às suas angústias e vivências no relacionamento. É preciso que tenhamos a percepção de sua necessidade e nos manifestar favoráveis à conversa para amparar ou orientar sobre seus sentimentos, emoções e sexualidade.
É importante ter claro que os adolescentes nem sempre manifestam com clareza suas necessidades, por não terem claro para si o que vivem e enfrentam. Portanto, cabe a nós – pais, avós ou mais velhos – que convivem com esses jovens, percebermos as dificuldades e ajudar sempre que solicitados ou quando necessário.
Temos que entender que somos exemplo e referência para as crianças e os adolescentes. Portanto, cabe a cada um de nós adultos estarmos atentos, receptivos e disponíveis para as necessidades dos mesmos. Não tema ajudar, manifeste-se com disposição, bom astral e humor sempre!