por Carminha Levy
O final do ano chegou e com ele as nossas frustações e conquistas ficam mais em foco. Desejos de mudança surgem como fogo de palha. Algumas pessoas têm até mesmo o costume de preparar umas listinhas de bons propósitos para o ano que vai chegar – raramente levada a contento.
Outros se maldizem pelos acontecimentos do ano que se finda, culpam a má sorte, o destino, etc., em vez de olharem para si e ver o que deixou de ser feito e por que essa falta de ação permitiu que a vida seguisse um rumo frustrante. Então agora é o momento perfeito para, em busca do autoconhecimento e do “self”, ajudar-se a voltar para o xamanismo que possui várias leis e normas que refletem uma profunda sabedoria.
Segui-las é o ponto de partida que abre mil possibilidades de evolução psíquica e espiritual.
Como ficou claro no último texto – clique aqui e leia – o xamanismo é o caminho mestre para quem quer auto-ajudar-se, pois o arquétipo do xamã é o nosso curador interno e é só ativá-lo com as práticas xamânicas, que nossa vida (com essa intenção clara) começa a mudar.
Tomemos a primeira Lei do NÃO do xamã. “Não deixe de fazer o que tem de ser feito.”
Trazendo essa lei para sua realidade, em que sentido sua sorte ou destino negativo foi produto do que você deixou de fazer. Tomemos as relações mais sagradas e ao mesmo tempo mais conflituosas que existem: relações familiares, seus acertos e desencontros.
Nas famílias em que os laços de afeto são cultivados com respeito mútuo pela personalidade de cada um, suas diferenças e a reverência pelos mais velhos, cada vez que um golpe do destino ocorre todos se apoiam e o sofrimento torna-se mais fácil de ser suportado. Numa família disfuncional no qual desde pai e mãe todos brigam, competem, se odeiam, as “más sortes” parecem obedecer a um ciclo vicioso pois não param de ocorrer. O que essas duas situações têm de diferente: a primeira é regida pelo amor e a segunda pelo ódio. E o que tem a ver o não deixar de fazer o que deve ou precisa ser feito? Romper o ciclo do ódio.
Se você se encontra na segunda situação comece por se perguntar se realmente quer sair dela. Veja qual é seu papel na estrutura familiar, se situe no que você contribui para perpetuar a energia altamente negativa do ódio e não deixe de fazer o que deve ou necessita ser feito. Veja o que é seu que levanta a raiva do outro (irmão, pai, mãe) e comece a mudar de atitude. Clareie – como propósito de sua intenção de mudança – que você está disposto a ser um Ser receptivo ao amor e a harmonia e que não deixará de fazer a sua parte para que uma ponte de boa vontade e paz se estabeleça na sua família. Você fará toda a diferença!