Da Redação
A anejaculação é problema para até 04% dos homens antes mesmo da terceira idade A ausência de orgasmo, chamada de anejaculação, é pouco conhecida. Estima-se que sua incidência esteja em torno de 03% a 04% dos homens com menos de 65 anos que experimentam dificuldade parcial ou total de ejacular.
O urologista Rogério Vitiver explica que os pacientes que vivenciam o quadro não se queixam de problemas eréteis. Eles simplesmente têm dificuldade de atingir o orgasmo, até mesmo através da masturbação.
As causas são inúmeras e o diagnóstico preciso exige criteriosa avaliação. Fatores psicogênicos, congênitos, anatômicos, neurogênicos, infecções, e alterações endocrinológicas podem estar por trás do quadro. “A anejaculação também pode se constituir como efeito colateral de medicamentos como antidepressivos ou do uso crônico de álcool, maconha, cocaína, ecstasy e crack”, explica o especialista.
Alguns casos são primários, manifestam-se desde o início da vida sexual. “Muitos homens, na adolescência, têm seus primeiros orgasmos através da masturbação. Na prática, podem apertar excessivamente o pênis com as mãos no intuito de atingir rapidamente o clímax, e isso pode dificultar o orgasmo com a pressão mais leve exercida pelas paredes vaginais”, esclarece. Já os casos secundários iniciam-se após alguma intercorrência física ou psíquica na vida adulta.
A assistência urológica é essencial para diagnóstico e tratamento da doença. Avaliação clínica e exames complementares possibilitam a identificação dos fatores causais e a consequente definição de uma conduta adequada. “Buscamos identificar os casos decorrentes de fatores orgânicos e os que necessitam de terapia comportamental para controle dos fatores psicossociais”, enfatiza. A terapia sexual ainda é a principal forma de tratamento, já que a maior parte dos casos é de natureza psicológica.