Não gosto de fazer sexo virtual com o meu namorado

Se você não gosta de fazer sexo virtual com o seu namorado, a primeira coisa é conversar com ele; saiba como lidar com essa situação

E-mail enviado por uma leitora:

“Eu e o meu namorado temos uma transa legal, mas quando ficamos alguns dias sem nos ver, ele insiste em fazer chamadas de vídeo para sexo virtual. Eu acabo fazendo… mas não gosto de exibir meu corpo na câmera. Mas isso não acontece nas relações sexuais. Qual pode ser o meu problema? O que devo fazer? Fico muito agradecida se puder me responder.”

Resposta: Você nos coloca claramente que não gosta de exibir o seu corpo na câmera para atender a insistência do seu namorado nas chamadas de vídeo para o sexo virtual.

No entanto, não sabemos se você já colocou isso, dessa forma, para o seu namorado. Assim, não fica claro se você tem um problema de dizer “não” para ele ou se o problema é dele de não saber ouvir o “não”.

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Não gosto de fazer sexo virtual com o meu namorado, e agora?

Caso você ainda não tenha contado para ele que aprecia o sexo “ao vivo e em cores” com ele, mas que o mesmo não acontece no sexo virtual, estará apenas se sujeitando à vontade dele. Se não houver um diálogo aberto com o seu namorado sobre essa situação que lhe deixa desconfortável, você ficará na condição de inércia tentando se sujeitar ao desejo dele.

Você pode não querer o mesmo que ele em algumas formas de intimidade, e isso não representa necessariamente um problema. Sempre é possível negociar outras formas de prazer que sejam aceitáveis e confortáveis para ambos os lados. Além disso, a aceitação no modo de viver o prazer sexual tem que acontecer a cada experiência sexual compartilhada.

Atenção!
Esta resposta não substitui uma consulta ou acompanhamento de uma psicóloga e não se caracteriza como sendo um atendimento.

É Psicóloga Clínica, Terapeuta Sexual e de Casais no Instituto H.Ellis-SP; psicóloga no Ambulatório da Unidade de Medicina Sexual da Disciplina de Urologia da FMABC; Doutora em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; epecialista em Sexualidade pela Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana – SBRASH; autora do livro “Mulher: produto com data de validade” (ED. O Nome da Rosa) Mais informações: www.instituto-h-ellis.com.br