Por que ficamos mais carentes no final do ano?

As festas de fim de ano tentam, de certo modo, desviar nossa atenção para o novo começo, novos planos, evitando assim um profundo mergulho em uma crise existencial

Resposta: Somos condicionados a dividir etapas da vida em começo, meio e fim. O fim sempre tem uma conotação mais nostálgica, e transmite uma ideia de algo sobre o que nada mais se pode fazer.

Finais de ano, assim, levam as pessoas a avaliar se seus objetivos  foram alcançados ou não. E, certamente, nem todos foram. O que acaba trazendo um quê de frustração.

As festas de fim de ano tentam, de certo modo, desviar a atenção das pessoas para o novo começo, para os novos planos, evitando assim um profundo mergulho na crise existencial que quase sempre leva à depressão.

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Por outro lado, olhar para dentro, conhecer-se melhor, aprender coisas sobre si mesmo pode ser bastante terapêutico. Mas só para quem tem esse hábito, é claro. Para os que não estão acostumados, pode gerar uma sensação de carência, de desamparo, de tédio e de uma energia represada que não tem por onde ser liberada.
 
No entanto, não podemos esquecer que começos, meios e fins são divisões teóricas e acadêmicas feitas para facilitar a compreensão das etapas pelas quais passamos.

Carência final de ano: como lidar

Desse modo, a vida é um moto-contínuo onde coabitam todos os estágios: vivemos o começo de uma nova etapa ao mesmo tempo que estamos no meio de um projeto que acontece ao mesmo tempo em que alguma vivência se aproxima do fim. Logo, a convivência “pacífica” entre eles vai depender de como cada um se coloca nesse fluir de acontecimentos. Ou seja, vai depender de se conseguir focar, ora em copos meio cheios, ora em copos meio vazios, transformando esse olhar em um som melodioso. Também, vai depender de encarar a vida como ela é: cheia de altos e baixos que, certamente, têm a função de nos ensinar como seguir em frente.
     
Enfim, que esse emaranhado de incertezas que vivemos no Brasil esse ano, nos dê forças para mantermos a esperança de construir novos começos, prosseguir com tecituras já iniciadas e finalizar com orgulho nossas futuras conquistas.

Atenção!
Esta resposta não substitui uma consulta ou acompanhamento de uma psicóloga e não se caracteriza como sendo um atendimento.


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É psicóloga graduada pela PUC/SP. É psicoterapeuta de adultos e adolescentes em consultório particular desde 1975 até a presente data. É coach em saúde mental. Vya Estelar quer colocar você, querido leitor(a), ainda mais pertinho de nós. A psicóloga Anette Lewin responderá perguntas enviadas por você sobre relacionamento amoroso, conflitos na vida a dois e conjugal. Esta resposta possui dois formatos: 1º formato: responder as perguntas enviadas por você; 2º) formato: extrair uma palavra em específico de uma pergunta que você enviou (ex: traição). E partir desta palavra, revelar o significado do que sentimos ao nos relacionar. Seu nome e e-mail serão preservados.