Guilherme Teixeira Ohl de Souza – Psicólogo componente da equipe do NPPI
As evoluções tecnológicas vêm permitindo que muitas pessoas que antes não tinham acesso à informática possam agora desfrutar e se desenvolver pessoal e profissionalmente. A visão é um sentido consideravelmente usado pelo usuário do computador em função de sua própria característica, o que torna difícil, quando não impossível, o usufruto desta máquina pelo deficiente. Isto aumenta a já notória exclusão digital, e conseqüentemente, a exclusão social. Frente a este problema, alguns softwares e programas foram desenvolvidos para que o deficiente visual pudesse interagir com o computador. Estes programas consistem em ajudar a ler textos na tela, seja ampliando a imagem para aqueles que têm visão residual, seja lendo textos em voz alta através de sintetizadores.
O Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade do Rio de Janeiro (http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox) desenvolveu um software muito utilizado: o Dosvox. O Dosvox é um programa com funções bastante diversas, por exemplo: editor, leitor e impressor/formatador de textos; Impressor e formatador para Braille; ampliador de telas para pessoas com visão reduzida; programas para ajuda à educação de crianças com deficiência visual; programas sonoros para acesso à Internet, como Correio Eletrônico, Acesso a Homepages, Telnet e FTP. Leitor simplificado de janelas do Windows.
Há outros programas também muito utilizados como o Jaws, que é um leitor de telas e o Magic, um ampliador de telas, ambos desenvolvidos pela Freedom Scientific (http://www.hj.com/fs_products/software.asp). O Virtual Vision, desenvolvido pela Micropower (http://www.micropower.com.br/dv/index.asp), é um software de leitura de tela com diversas funções e o Braille Creator permite a impressão em Braille. Estas empresas possuem outros softwares e programas voltados para o usuário portador de deficiência visual.
O deficiente visual, assim como portadores de outras deficiências, têm uma dificuldade enorme de acesso à educação e ao trabalho, devido à idéia pré-concebida que este tipo de pessoa não têm capacidade para aprender e trabalhar. Com a possibilidade de interação com o computador, abre-se uma possibilidade de incremento da qualidade de vida do deficiente, podendo participar mais e melhor da vida social e profissional, tendo também acesso a trabalhos antes negados.