O “que” é inevitável, é o que se mostra a cada momento, o “como” é opcional, ou seja, a forma que reagimos sempre está em nossas mãos. A liberdade de arbítrio está no como. O algo que acontece é o que. A reação a esse algo é o como.
Na saúde, o “que” é a biologia da pessoa enquanto o “como” é a sua biografia. Então, podemos pensar que há uma medicina do “que” e outra do “como”.
Medicina do “que” e do “como”
A medicina do “que” trata o sintoma, a medicina do “como” trata a vida. A liberdade para escrever a vida a nosso modo é a maior riqueza que possuímos.
O maior exercício de saúde é como escrevemos nossa biografia, como fazemos nossas escolhas. Escolher é ser saudável, vitimizar-se ou terceirizar a saúde é sintoma de doença.
Quem vive no “como” tem o poder de mudar o passado, pois o atualiza em si. Quem vive no “que” é refém do passado, das suas conquistas e dos seus ressentimentos. Quando o passado é muito pesado paralisa o presente. O como é a fórmula para descristalizar o passado e atualizar o presente. Feliz novo ano e que esse seja bem escrito em nossas vidas.