Por conta das ilusões criadas pelos cinco sentidos, podemos ficar em um eterno conflito, andando em círculos. Como se libertar dessas crenças e trilhar um novo caminho?
Quando repetidamente passamos por um mesmo lugar deixamos marcas.
Sem perceber passamos a seguir as próprias marcas.
As marcas nos levam sempre para o mesmo caminho
O caminho sempre nos leva para as marcas
Seguimos com firmeza as marcas do caminho
e, certamente, um caminho cheio de marcas
Assim, sem parar, não percebemos que assim ficamos
Com as marcas em nós cada vez mais fundas
Há um som
Há uma manifestação além das marcas do caminho.
Mas meu corpo mente não se apercebe
Encalhado está em si mesmo, em si mesma
Na repetitividade de leituras do cotidiano e relacionamentos,
As sensações, percepções, formas de pensar, falar, pensar, agir, viver, giram, giram, giram
Na pequena poça de água no caminho cheio de marcas…
Perceber isso é contemplar isso
Ao contemplar isso é soltar-se disso
Soltar-se disso é liberdade
Liberdade é apegar-se a novas marcas
Caminhar em novos caminhos
Até deixar marcas
Há saída desses encalhes? A saída é perceber, a cada instante, como você entra no caminho de sua vida…
Monja Heishin Gandra
Monja Zen Budista da Tradição Soto Zen – Japão. Brasileira, discípula de Monja Coen Roshi.. Formação em pedagogia. Orienta práticas de zazen, meditação zen, e realiza cursos. Integra iniciativas de sensibilização e mobilização social por meio da meditação zen e diálogos temáticos a diversos públicos, tendo por base os ensinamentos de Xaquiamuni Buda. Atua desde 1983 como funcionária do Governo do Estado de São Paulo em capacitação a gestores públicos municipais bas diversas áreas das políticas públicas. Musicista, íntegra som e sopro, como expressão do “interser. ”
