Para o yoga, mente sofre por causa de cinco fatores

por Emilce Shrividya Starling

A Filosofia do Yoga ajuda no nosso autoconhecimento e nos ensina como purificar nossa mente e usá-la para sermos mais felizes.

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Segundo o Yoga, existem cinco aflições da mente, chamadas em sânscrito de Klesas. São padrões de perturbação da consciência humana. São naturais, inatas e afligem a todos nós. São flutuações que poluem a consciência, impedem nosso amadurecimento e prejudicam nossa vida.

São elas:

1. Ignorância
2. Orgulho
3. Apego
4. Aversão
5. Medo da morte

Primeira

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A primeira delas é a origem das outras quatro. É a ignorância.

Não é a ignorância intelectual. Mas a ignorância de não saber o que é real. É viver na ilusão, sem compreender o verdadeiro sentido das coisas e da vida. É não compreender que somos um espírito, vivendo, temporariamente, em um corpo físico.

Precisamos compreender que nossa essência é divina e reconhecer isso em nós e nas outras pessoas. Priorizar os valores espirituais e buscar o desenvolvimento de qualidades como compaixão, caridade, bondade, aceitação, paciência. É respeitar os outros, aceitando as diferenças com tolerância.

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Os valores materiais ajudam a tornar a vida prazerosa, mas precisam ser saboreados com discernimento e moderação. Com o entendimento que não duram para sempre.

Um dos maiores sofrimentos do ego é não aceitar a impermanência da vida e não querer compreender o que é efêmero. Para se libertar dessa aflição da mente, é necessária uma fé suficiente para acreditar na imortalidade do espírito.

Segunda

A segunda aflição é o orgulho que se baseia nas diferenças, preconceitos e egoísmo. O orgulho leva à arrogância. Não nos deixa perceber as qualidades dos outros. Julgamos pelas aparências e comparações. Esperamos que as pessoas ajam de acordo com nossas expectativas e desejos, o que traz muita insatisfação.

Essas duas primeiras aflições, a ignorância e o orgulho, são padrões de ondas de pensamento do âmbito intelectual.

Terceira

A terceira aflição é o apego. É o amor obcecado, ciumento e possessivo. É a identidade errônea do ego (que é efêmero) com o objeto de sua posse (que também é efêmero). É apegar-se ao carro, à casa, ao dinheiro, como se fosse permanente e parte de si mesmo. É a atração magnética entre o ego e os objetos de prazer.

Para superar essa possessividade é importante sentir gratidão pelas nossas posses. Agradecer como nosso carro é útil, como nossa casa nos traz segurança, como os alimentos nos sustentam. Usar os objetos e nos sentir agradecidos por isso.

Amar as pessoas, sem querer controlá-las ou dominá-las, sem o sentimento de posse ou egoísmo.

Quarta

A quarta aflição é a aversão, que é o lado oposto ao apego. É a repulsa que gera o ódio, desavenças, conflitos e inimizades.

Essas duas aflições – apego e aversão – exercem influência emocional sobre nós. Elas têm origem na ignorância. Precisamos lembrar que não levamos nada conosco após nossa morte, e assim, dar o devido valor às coisas materiais. E… reconhecer que a mesma chama divina habita em todos nós.

Quinta

A quinta aflição é o medo da morte ou apego à vida. Esse padrão de onda mental se manifesta no nível do instinto para nos manter vivos.

É natural e importante esse mecanismo de sobrevivência, mas essa aflição surge da identificação errônea com o corpo, achando que somos o corpo e não o espírito. E também pensando, erradamente, que somos o ego que morre com o corpo.

É inevitável nos identificarmos com o corpo, mas precisamos compreender que não somos esse corpo efêmero. Somos um espírito imortal, dentro desse corpo passageiro.

O sofrimento vem da não aceitação de que o ego vai morrer junto com o corpo. Necessitamos do ego para fazer funcionar o corpo enquanto estamos na Terra, mas ele não tem nenhuma outra finalidade.

O Yoga nos ensina que a ignorância é nossa concepção errônea de que as coisas materiais são mais importantes do que a realidade espiritual. É preciso dar o devido valor às coisas materiais, sem nos tornar dependentes ou apegados a elas.

Diminuir o orgulho, sem julgar os outros com tantos preconceitos e arrogância. Ter mais humildade, reconhecendo que somos todos Um perante Deus, pois o mesmo Ser interior habita em cada um de nós.

Desperdiçamos muita energia ao permitir que as emoções nos governem. Não conseguimos, porém, resolver as dificuldades emocionais usando a compreensão intelectual. Elas são resolvidas através da compreensão emocional.

É necessário dissolver as emoções estagnadas que são como venenos na mente nos impedindo de ver a realidade e sermos felizes.

Libertar-se da prisão emocional dos apegos, vivendo com equilíbrio e descobrindo os prazeres benéficos. Tratar as pessoas com respeito e gentileza, sem agressividade, sem raiva ou violência. Entender que a Alma não morre. Ela é divina, eterna e imaterial. Apesar de intelectualmente compreendemos isso, precisamos descobrir, através da fé e da ciência, que não desaparecemos com a morte do corpo. O que morre é apenas o corpo carnal. Nossa essência é divina e imortal.

Não existe a matéria como se pensava, e Einstein provou que "a matéria é energia condensada".

De acordo, com alguns cientistas, a inteligência cósmica existe num nível quântico. Eles descobriram que temos um "Ponto de Deus" no cérebro, uma área nos lobos temporais que nos faz buscar um significado e valores para nossas vidas. É uma área ligada à experiência espiritual que fala a partir da alma.

Com as práticas espirituais do yoga e da meditação, conseguimos atenuar essas perturbações emocionais e mentais que nos angustiam. Aprendemos a controlar as emoções para que elas não nos controlem. E, desse modo, não nos tornamos mais prisioneiros dos distúrbios emocionais.

Precisamos desenvolver nosso quociente espiritual e entrar em contato com nossa verdadeira identidade. Descobrir nosso propósito na vida. Ter uma vida mais plena, com mais sentido, mais criatividade, sabedoria, um adequado senso de finalidade e direção pessoal.

Esse trabalho interno de renovação e transformação é uma conquista diária, e não se consegue de um dia para outro. Paciência, determinação, motivação e entusiasmo são nossos aliados para vencer a nós mesmos.

Decida ser mais contente e calmo. Sinta-se muito motivado a conquistar a própria mente e superar essas cinco aflições para desfrutar da alegria de viver plenamente. Namaste! O Deus que habita em mim agradece o Deus que habita em você! Fique em paz!

Para o yoga, mente sofre por causa de cinco fatores

por Emilce Shrividya Starling

A Filosofia do Yoga ajuda no nosso autoconhecimento e nos ensina como purificar nossa mente e usá-la para sermos mais felizes.

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Segundo o Yoga, existem cinco aflições da mente, chamadas em sânscrito de Klesas. São padrões de perturbação da consciência humana. São naturais, inatas e afligem a todos nós. São flutuações que poluem a consciência, impedem nosso amadurecimento e prejudicam nossa vida.

São elas:

1. Ignorância
2. Orgulho
3. Apego
4. Aversão
5. Medo da morte

Primeira

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A primeira delas é a origem das outras quatro. É a ignorância.

Não é a ignorância intelectual. Mas a ignorância de não saber o que é real. É viver na ilusão, sem compreender o verdadeiro sentido das coisas e da vida. É não compreender que somos um espírito, vivendo, temporariamente, em um corpo físico.

Precisamos compreender que nossa essência é divina e reconhecer isso em nós e nas outras pessoas. Priorizar os valores espirituais e buscar o desenvolvimento de qualidades como compaixão, caridade, bondade, aceitação, paciência. É respeitar os outros, aceitando as diferenças com tolerância.

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Os valores materiais ajudam a tornar a vida prazerosa, mas precisam ser saboreados com discernimento e moderação. Com o entendimento que não duram para sempre.

Um dos maiores sofrimentos do ego é não aceitar a impermanência da vida e não querer compreender o que é efêmero. Para se libertar dessa aflição da mente, é necessária uma fé suficiente para acreditar na imortalidade do espírito.

Segunda

A segunda aflição é o orgulho que se baseia nas diferenças, preconceitos e egoísmo. O orgulho leva à arrogância. Não nos deixa perceber as qualidades dos outros. Julgamos pelas aparências e comparações. Esperamos que as pessoas ajam de acordo com nossas expectativas e desejos, o que traz muita insatisfação.

Essas duas primeiras aflições, a ignorância e o orgulho, são padrões de ondas de pensamento do âmbito intelectual.

Terceira

A terceira aflição é o apego. É o amor obcecado, ciumento e possessivo. É a identidade errônea do ego (que é efêmero) com o objeto de sua posse (que também é efêmero). É apegar-se ao carro, à casa, ao dinheiro, como se fosse permanente e parte de si mesmo. É a atração magnética entre o ego e os objetos de prazer.

Para superar essa possessividade é importante sentir gratidão pelas nossas posses. Agradecer como nosso carro é útil, como nossa casa nos traz segurança, como os alimentos nos sustentam. Usar os objetos e nos sentir agradecidos por isso.

Amar as pessoas, sem querer controlá-las ou dominá-las, sem o sentimento de posse ou egoísmo.

Quarta

A quarta aflição é a aversão, que é o lado oposto ao apego. É a repulsa que gera o ódio, desavenças, conflitos e inimizades.

Essas duas aflições – apego e aversão – exercem influência emocional sobre nós. Elas têm origem na ignorância. Precisamos lembrar que não levamos nada conosco após nossa morte, e assim, dar o devido valor às coisas materiais. E… reconhecer que a mesma chama divina habita em todos nós.

Quinta

A quinta aflição é o medo da morte ou apego à vida. Esse padrão de onda mental se manifesta no nível do instinto para nos manter vivos.

É natural e importante esse mecanismo de sobrevivência, mas essa aflição surge da identificação errônea com o corpo, achando que somos o corpo e não o espírito. E também pensando, erradamente, que somos o ego que morre com o corpo.

É inevitável nos identificarmos com o corpo, mas precisamos compreender que não somos esse corpo efêmero. Somos um espírito imortal, dentro desse corpo passageiro.

O sofrimento vem da não aceitação de que o ego vai morrer junto com o corpo. Necessitamos do ego para fazer funcionar o corpo enquanto estamos na Terra, mas ele não tem nenhuma outra finalidade.

O Yoga nos ensina que a ignorância é nossa concepção errônea de que as coisas materiais são mais importantes do que a realidade espiritual. É preciso dar o devido valor às coisas materiais, sem nos tornar dependentes ou apegados a elas.

Diminuir o orgulho, sem julgar os outros com tantos preconceitos e arrogância. Ter mais humildade, reconhecendo que somos todos Um perante Deus, pois o mesmo Ser interior habita em cada um de nós.

Desperdiçamos muita energia ao permitir que as emoções nos governem. Não conseguimos, porém, resolver as dificuldades emocionais usando a compreensão intelectual. Elas são resolvidas através da compreensão emocional.

É necessário dissolver as emoções estagnadas que são como venenos na mente nos impedindo de ver a realidade e sermos felizes.

Libertar-se da prisão emocional dos apegos, vivendo com equilíbrio e descobrindo os prazeres benéficos. Tratar as pessoas com respeito e gentileza, sem agressividade, sem raiva ou violência. Entender que a Alma não morre. Ela é divina, eterna e imaterial. Apesar de intelectualmente compreendemos isso, precisamos descobrir, através da fé e da ciência, que não desaparecemos com a morte do corpo. O que morre é apenas o corpo carnal. Nossa essência é divina e imortal.

Não existe a matéria como se pensava, e Einstein provou que "a matéria é energia condensada".

De acordo, com alguns cientistas, a inteligência cósmica existe num nível quântico. Eles descobriram que temos um "Ponto de Deus" no cérebro, uma área nos lobos temporais que nos faz buscar um significado e valores para nossas vidas. É uma área ligada à experiência espiritual que fala a partir da alma.

Com as práticas espirituais do yoga e da meditação, conseguimos atenuar essas perturbações emocionais e mentais que nos angustiam. Aprendemos a controlar as emoções para que elas não nos controlem. E, desse modo, não nos tornamos mais prisioneiros dos distúrbios emocionais.

Precisamos desenvolver nosso quociente espiritual e entrar em contato com nossa verdadeira identidade. Descobrir nosso propósito na vida. Ter uma vida mais plena, com mais sentido, mais criatividade, sabedoria, um adequado senso de finalidade e direção pessoal.

Esse trabalho interno de renovação e transformação é uma conquista diária, e não se consegue de um dia para outro. Paciência, determinação, motivação e entusiasmo são nossos aliados para vencer a nós mesmos.

Decida ser mais contente e calmo. Sinta-se muito motivado a conquistar a própria mente e superar essas cinco aflições para desfrutar da alegria de viver plenamente. Namaste! O Deus que habita em mim agradece o Deus que habita em você! Fique em paz!