por Arlete Gavranic
Aprender a gostar de si mesma é uma necessidade vital. Se você é magra demais, gordinha, baixa ou mais alta que a maioria, não pode se excluir pela diferença, mas aprender a gostar daquilo que você é.
Mas uma das maiores dificuldades hoje ainda é das meninas gordinhas. Elas são pressionadas pelo grupo, sofrem bullying, são discriminadas em diversas situações, principalmente nas escolas, clubes, academias e universidades.
Ninguém aqui está defendendo o problema de saúde da obesidade mórbida que traz riscos e prejuízos à saúde dessa garota /mulher; mas daquela mulher que tem padrão corporal grande, que tem sobrepeso, a gordinha, a fofa, que apesar de um tamanho g, gg ou exg, é saudável e bem disposta com a vida. No entanto, essa mulher corre o risco de ter sua vida psicológica abalada, ao se deixar levar pelo culto à magreza imposto pela mídia. Isso pode gerar depressão e isolamento.
As mulheres retratadas na arte renascentista eram ‘cheinhas’, roliças em suas formas, um padrão hoje criticado. O mundo sofre um ‘engordamento’. Os padrões alimentares mudaram e o gasto de energia reduziu com a modernidade que nos poupa esforço físico (controle remoto de tv, vidro elétrico, câmbio automático, eletrodomésticos em geral, etc).
No mundo atual muitas mulheres se escondem, só usam roupas escuras e largas, fogem dos clubes, praias e situações de maior exposição corporal. Outras brigam com a numeração e ficam tentando usar roupas um ou dois números menor que seu real tamanho, o que fica feio e até vulgar. Isso vale para adolescentes, mulheres maduras e da terceira idade.
Imagine na hora da intimidade, muitas se escondem mais ainda, luzes apagadas para não serem vistas e o pior, muitas carregam a sensação de não acreditarem que possam e mereçam ser desejadas, pois estão fora do padrão exposto na mídia.
Essa sensação de ‘eu não faço parte dessa beleza’ dificulta ainda mais a conquista de uma autoestima saudável, e atrapalha ainda mais a conquista de uma autoconfiança, ‘Eu posso ser gostosa, querida e desejada e ter muito prazer sendo como sou’.
Aprender a gostar de si e a explorar suas curvas de modo sensual ajuda a trazer mais autoestima e autoconfiança para quem está acima da medida ditada pela moda.
Vestir-se de modo bonito, alegre e jovial também ajuda a manter alto o astral. Hoje você pode encontrar várias confecções que se especializaram em vestir gente grande de maneira moderna e sensual, inclusive lingeries e camisolas sensuais. Isso mesmo, a sexualidade começa em você se aceitar ‘mulherão’, aprender a se gostar, aí a moda adequada ao seu tamanho ajuda você a sentir-se mais confiante. Daí para uma vivência sexual prazerosa já temos meio caminho andado!
No sexo é tudo igual?
Aprender a conhecer as zonas de prazer do seu corpo é sempre um passo importante, pois se você conhece como seu corpo funciona, é mais fácil pedir, sugerir, mostrar o que te estimula. Buscar posições que sejam confortáveis para você e seu parceiro sempre é importante, seja mais ou menos gordinha.
A dica para a mulher ficar por cima para obter uma melhor fricção no clitóris e intensificar o prazer vale para todas as mulheres, inclusive para as gordinhas.
Evitar posições de ladinho para você que tem abdome ou mamas protuberantes pode ajudar a não dar sensação de muito volume – principalmente se tiver espelho por perto – que pode trazer pensamentos incômodos e desviar a atenção do prazer sexual. Mas sob o ponto de vista do seu parceiro (de lado e por trás de você); ele poderá adorar tê-la de lado, podendo apreciar o visual de suas nádegas volumosas, possibilitando ainda apalpar seus seios durante a penetração.
No mais, aprender que não importa forma física, dar vazão à sua sensualidade e ao seu desejo é dar-se o direito de viver o prazer e ser sexualmente feliz!