Por que buscar o silêncio 

Buscar o silêncio e o reconhecimento não é apenas um ato de autocuidado; entenda

Vivemos em uma era marcada por estímulos incessantes e ruídos constantes. As notificações nos celulares, o trânsito do dia a dia, o fluxo ininterrupto de informações e as exigências cotidianas criam um ambiente onde o silêncio se torna um bem raro e, para muitos, desconfortável.

No entanto, o silêncio tem uma importância fundamental para o equilíbrio emocional, a clareza mental e o bem-estar. Em meio ao barulho e ao ritmo frenético, o silêncio permite a pausa necessária para nos reconectarmos com nós mesmos, processar emoções e ouvir nossos pensamentos sem interferências externas. Ele atua como um momento de _reset_, em que podemos refletir, encontrar respostas, e até mesmo nutrir a nossa criatividade.

Sem esses momentos de quietude, é fácil perdermos de vista nossas próprias necessidades e desejos, sendo levados apenas pelo ritmo e expectativas do mundo exterior. Além disso, o reconhecimento — seja o dos próprios sentimentos, da trajetória percorrida ou das pessoas ao nosso redor — também é um ato que se fortalece no silêncio.

A prática de parar para reconhecer o que nos cerca e valorizar o que temos nos ajuda a cultivar gratidão, empatia e resiliência. Nesse contexto, o reconhecimento é uma forma de desacelerar e de encontrar propósito e significado, valores que são frequentemente esquecidos na pressa da rotina.

Num mundo onde a produtividade é exaltada e o tempo parece escasso, aprender a valorizar o silêncio e praticar o reconhecimento pode ser um ato de resistência, uma maneira de cuidar da saúde mental e espiritual. Ao reservar esses momentos de pausa e apreciação, tornamo-nos mais atentos, mais conectados com nossas próprias realidades e, consequentemente, mais presentes para com os outros.

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Buscar o silêncio e o reconhecimento não é apenas um ato de autocuidado; é um resgate da nossa humanidade, um convite para viver de forma mais plena, consciente e verdadeira. Desejo que possamos aprender a silenciar mais.

Psicóloga Clínica Cognitivo-Comportamental; Mestre em Psicologia Clínica e da Saúde - UFP - Universidade Fernando Pessoa em Portugal. Defendeu a sua dissertação com excelência e nota máxima sobre: “A interferência das redes sociais nos relacionamentos”. Especialista em Psicologia da Saúde, Desenvolvimento e Hospitalização – UFRN; Especialista pela Faculdade de Medicina do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP – SP. Foi professora da Pós-graduação em Psicologia – Terapia Cognitivo-Comportamental (Unipê). Há 20 anos atendendo na clínica a adolescentes, adultos, casais e famílias. Membro da Federação Brasileira de Terapias Cognitivas - FBTC. Mantém o Blog próprio desde 2008. Mais informações: www.karinasimoes.com.br. Atendimentos com consultas presenciais ou online