por Roberto Santos
“Você deveria me contratar porque eu sou a melhor candidato do mercado!” Infelizmente, esta resposta não é suficiente para um selecionador acreditar em nossa autoavaliação e nos contratar imediatamente, por mais que tenhamos a aparência mais sincera do mundo. Uma série de perguntas se seguiria a essa afirmação autoconfiante – os terríveis porquês – por exemplo: por que você é a melhor opção do mercado?
Na realidade o que as empresas procuram não é o melhor do mundo, mas a pessoa certa para o lugar certo. Então, o segredo, se pode-se dizer que há algo assim, é entender o quebra-cabeça da empresa e da vaga à qual você está se candidatando para ver como se encaixa. Para descobrir sobre esse encaixe, atualmente se consegue uma infinidade de informações sobre quase qualquer empresa.
Além disso, os Orkuts, Facebooks, Linked-In’s e tantas outras mídias sociais abrem as portas para mais um sem número de informações, opiniões, experiências com a empresa sobre a qual estamos interessados, mesmo antes de um primeiro contato com a empresa.
Chegada a oportunidade da primeira entrevista, e com ela, chegou o grande momento de explorarmos o que pesquisamos previamente sobre a empresa. Isso sempre tem um efeito positivo em si, pela demonstração de interesse pela oportunidade. Contudo, assim que o contato inicial se estabeleceu, devemos sondar sobre a vaga para a qual estamos sendo considerados para finalmente poder se definir onde e como nos encaixamos.
O outro lado do encaixe tem a ver com nosso autoconhecimento e esse depende apenas de nós mesmos. Uma revisão constante sobre nossas experiências e competências nos prepara para situações como a da questão inicial do dilema do titulo deste texto.
Conhecer sobre nossos pontos fortes e aqueles aspectos em que não somos tão bons. Claro que muitas vezes, o que mais queremos é sermos aprovados pelo selecionador. Porém, o mais importante seria sentirmos o encaixe perfeito no quebra-cabeça corporativo, de modo que nossa adaptação à vaga possa resultar em satisfação e realização no trabalho.
Assim, a questão de por que deveríamos ser contratados, deve ser respondida por ambos – candidato e selecionador – pois o encaixe perfeito é de interesse de ambas as partes.