por Flávio Gikovate
A mim me parece cada vez mais ingênuo considerarmos como relevantes para a nossa formação apenas os primeiros de anos de vida.
Nada mais certo do que atribuirmos ao período do nascimento e aos primeiros meses de vida um grande significado: o mesmo vale para os anos que se sucedem.
Mas e a adolescência?
Será apenas uma repetição das vivências infantis? Não acredito.
O simples crescimento do corpo provoca transtornos indescritíveis: a razão do jovem ter de se acostumar com cerca de 20 cm a mais de estatura em menos de dois anos. Assim torna-se complexa até mesmo a adaptação para gestos simples: se o braço cresce rapidamente, ao se tentar alcançar um dado objeto, provavelmente o mesmo será derrubado. O adolescente fica estabanado porque não se acostumou ainda com suas novas dimensões.
Isso sem falar nas alterações de formas derivadas da maturação sexual.
É tudo muito original e não se repetem experiências já vividas em anos anteriores e posteriores. Daí a sua importância como um fenômeno ímpar.