por Roberto Santos
“Tenho 25 anos, acabei de me formar em Engenharia de Produção em uma escola de ponta em Minas Gerais e estou com uma grande dúvida: Fui convidado para fazer um mestrado acadêmico na universidade em que cursei a graduação. Ele terá duração de dois anos. Ao mesmo tempo, passei em três processos de trainees de grandes empresas nacionais, com uma oferta salarial muito boa para quem está começando a carreira. Minha dúvida: Faço o mestrado com o objetivo de conseguir algo ainda melhor, ou já entro para o mercado de trabalho?”
Resposta: Muito pertinente e atual sua dúvida. Atual porque o mercado está realmente aquecido para os engenheiros, como há muitos anos não acontecia. Pertinente porque a dúvida de jovens sobre pós-graduação e vida profissional também tem sido muito freqüente. De fato, a pós-graduação, especialmente de strictu-sensu, em escola de bom nível, agrega um diferencial competitivo considerável ao profissional, além de abrir perspectivas para a atividade docente em paralelo.
Por outro lado, os programas de trainee sérios em empresas de renome por suas atividades de desenvolvimento servem como um ingresso às poltronas de frente para o espetáculo do estado da arte nos campos em que se pode atuar. Participar desta “corrida” aos melhores programas de trainee pode ser mais complicado depois de dois anos de formado. Além disso, o programa de mestrado pode ser mais bem aproveitado quando se parte de uma vivência de mundo real no mundo corporativo.
Não é raro deparar-me com excelentes profissionais em início de carreira que depois de mostrarem todo seu potencial, conseguem apoio, pelo menos em dispensas em horários da semana, para cursarem um mestrado. Esta pode ser uma pergunta para você fazer nas três empresas que o aprovaram, para escolher aquela que poderá valorizar sua intenção de fazer o mestrado daqui a dois ou três anos. Boa escolha!
Esta coluna trata exclusivamente de ASSUNTOS PROFISSIONAIS, pedimos a gentileza de enviar somente perguntas pertinentes a este tema.