E-mail enviado por um leitor:
“Eu sou gay e sempre fui muito fiel ao meu namorado, mas já teve duas vezes que o peguei em aplicativos de pegação. Ele sempre diz que me ama, e que isso só pode ser uma doença que ele tenta não fazer, mas acaba fazendo. Ele diz que tem um negócio com ele de querer falar putaria com outras pessoas, trocar fotos de outras pessoas. Ele diz que tenta mudar, mas sempre tem algo que o puxa a fazer isso. Você pode me ajudar?”
Resposta: De acordo com o argumento do seu namorado de “que isso só pode ser uma doença”, o primeiro passo para ele é buscar um diagnóstico para receber indicação de tratamento adequado ao caso dele. Nesse caso, você pode incentivá-lo a recorrer a uma avalição médico-psiquiátrica, que deve seguir para avaliação com psicoterapeuta sexual, dado que ele declara falta de controle para resistir a impulsos que nem ele nem você se sentem confortáveis com essa situação no relacionamento a dois.
Conduta terapêutica
A conduta terapêutica combinada pode oferecer resultados desejáveis, uma vez que os medicamentos podem atenuar os sintomas incontroláveis que o seu namorado descreve e a terapia sexual atuar no sentido de auxiliá-lo a sair da posição passiva, de reagente, para uma posição ativa, ou seja, de agente diante das escolhas que ele pode fazer na vida dele.
Também vale uma ressalva de que você precisa sentir até que ponto aceita as coisas que envolvem a convivência a dois, com o propósito de respeitar os seus próprios limites. Afinal, um relacionamento afetivo-sexual saudável requer acordos e compromissos que sejam aceitáveis de ambas os lados, sempre!
Atenção!
Este texto não substitui uma consulta ou acompanhamento de um psicólogo e não se caracteriza como sendo um atendimento.