Os “mantras” dominantes surgem ao nascimento e se infiltram na vida. A orientação subliminar “sou o que tenho” surge precocemente e pode se transformar em memória celular. A mentalidade de acúmulo começa nos brinquedos e cresce ao ponto de confundir sucesso com quantidade e tamanho dos brinquedos acumulados em idade adulta, cuja perda pode culminar em depressão e suicídio.
Outra afirmação de profundo impacto na formação é “sou o que faço”, que começa no engatinhar e reforça a noção utilitarista de que sempre mais é o segredo da vida. É o modus vivendi do workaholic.
A expressão “sou aquilo que os outros pensam de mim” condiciona o ser à opinião alheia e inviabiliza relacionamento harmoniosos e igualitários. Opinião pública e senso comum frequentemente são obstáculos ao autoconhecimento.
“Sou distinto de todos os outros” é um mantra que abre espaço para outro equívoco: “Estou separado daquilo que falta em minha vida”; desconectado, passo a me ligar ao que falta – carências de amor, saúde e prosperidade.
Somente escapando ao domínio da personalidade autocentrada é possível enxergar o fluxo da vida, e na consciência desperta, floresce o mantra ‘Simplesmente Sou’. Um retorno à essência.