No mundo externo nossa visão é sempre limitada. Tudo se divide em dois em dois, tudo tem uma outra face.
Se, por um lado, é inevitável que assim seja, por outro, podemos nos tornar conscientes disso.
A face oculta da situação: o lado que eu ainda não vi
Quando nos sentimos feridos por alguém, é preciso lembrar-se da face oculta da situação, daquilo que pulsa lá, do outro lado, naquele lado que apenas o outro vê.
Não fazer isso implica a ignorância de optar pelo julgamento, pela separatividade, pelo limitado alcance da nossa visão parcial, pela dor.
A mente sempre vê em pedaços e, em sua arrogância, proclama-se detentora de verdades, sempre colocando o outro no lugar do culpado.
Apenas o coração possui a cega sabedoria da justiça.
Pena que, tantas vezes, seja deixado de fora na nossa apressada interpretação dos eventos mundanos.
Todos nós, vez ou outra, esbarramos em nossa incapacidade de amar. Nesses momentos devemos trazer a situação para a consciência. Olhar bem de perto para nossos julgamentos, perdoarmos a nós mesmos e ficarmos atentos para fazer melhor numa próxima vez.
Tudo nos ensina e nos leva mais para perto da luz.