por Saulo Fong
Um fato que não pode ser negado, é que todas as pessoas possuem uma mãe. É da mãe que cada pessoa recebeu aquilo que é mais valioso na vida, ou seja, a própria vida.
Algumas pessoas tentam negar esse fato e até mesmo retirar esse direito de alguém. Vejo alguns apresentadores de televisão emitir suas opiniões para milhares de pessoas negando esse direito a uma criança que foi abandonada pela mãe com frases de efeito como: "Essa mulher não merece ser chamada de mãe", ou "Uma mãe de verdade não faria isso com um filho".
Quando julgamos certos tipos de comportamento como certo ou errado e os associamos a papéis que nos são definidos pela natureza, corremos o risco de encarar os seres humanos como máquinas: esse funciona direito, esse não.
Esse tipo de comportamento coloca pressão nas mães, que também são seres humanos dinâmicos e em constante processo de mudança, e que muitas vezes, abandonam seus filhos justamente por não se sentirem capazes de assumir esse papel.
O efeito dessa atitude de julgar a mãe pode ser devastador para a criança. Ela perde a conexão com a fonte criadora de sua vida. Os julgamentos externos também acabam influenciando a sua visão com relação à mãe. Ela pode ainda ficar com uma crença inconsciente de que se a mãe é ruim, ela também é. Isso pode ocasionar sentimentos de depressão, tristeza, inconformidade e carência.
Julgar a própria mãe ou a mãe de um outro ser humano pelos seus atos não traz nada de produtivo.
Vivemos em uma sociedade onde somos todos influenciados um pelo outro. Se a atitude de uma mãe ou de qualquer outra pessoa lhe incomoda, a pergunta que pode ser feita a si mesmo é:
– O que posso fazer para que todos saiam fortalecidos da situação?
Para encontrar a resposta, o primeiro passo é dar um espaço no seu coração para todos os envolvidos. Isso requer maturidade emocional e abertura para poder enxergar todos como seres humanos.
Que nesse dia das mães, você possa colocar dentro do próprio coração, todas as mães que tiveram a oportunidade de dar à luz a um ser vivo, não importando a condição ou o contexto em que isso aconteceu. Esse é um dos caminhos para humanização de todos e para a paz interior de cada um.