por Marta Relvas
O professor deveria ser, segundo Relvas (2009): "Um estimulador de aprendizagem, um verdadeiro "jardineiro" de memórias cognitiva, afetiva e emocional"
A história de cada um se limita à sua memória. Nesse sentido, um dos maiores estudiosos da memória, o norte-americano James Mc Gaugh, citado por Izquierdo (2011, p.22), disse que: "a característica mais saliente da memória é o esquecimento".
E o que as nossas memórias têm a ver com os aspectos da aprendizagem na sala de aula?
Quem de nós não teve um professor ou uma professora que ainda se lembre com carinho e afeto? Ou talvez outro que nem goste de lembrar, pois só provocou tristezas e inseguranças?
Qual o papel do professor para ajudar o aluno a desenvolver um cérebro saudável?
Vale refletir!
1. Dificuldades de aprendizagem podem decorrer de dificuldades afetivas e vice-versa.
2. O professor representa um importantíssimo foco afetivo para o aluno: como um modelo de identificação, agente das "regras sociais", "sucessor ou substituto" dos pais.
3. A situação de ensino-aprendizagem se insere na esfera mais ampla da educação:
– Professores tornam-se educadores quando enfrentam sua tarefa em toda a sua complexidade, sem perder suas competências e habilidades.
– Professores e alunos devem ter na situação de ensino-aprendizagem um contexto de construção e não de destruição.
4. A escola é o lugar onde corações e mentes devem encontrar espaço de desenvolvimento cognitivo, afetivo, emocional e social.
– Tal princípio é válido do ensino infantil à graduação universitária!
Então, vale uma dica:
Esquecer do inútil e nocivo, lembrar do útil e prazeroso, certamente, consiste em uma boa fórmula para a manutenção de um cérebro saudável.