por Regina Wielenska
Assisti ao Globo Esporte agora e testemunhei o SESC oferecendo experiências esportivas para um grupo de crianças e adolescentes com visão subnormal ou nenhuma visão. Tudo me encantou, mas o diálogo de uma pequena, de seis, sete anos, talvez, me tocou demais, pela firmeza e entusiasmo.
Repórter diz algo como: Então você gostou, vai jogar mais?
Menina: vou sim, e vou ganhar medalha de bronze! (um atleta paralímpíco estava lá, estimulando os pequenos).
Repórter (sem se dar conta de que estaria quase matando um sonho): Mas medalha de bronze é difícil, você sabe?
Menina: Ah, tá. Então vou ganhar a de ouro!
Ela provavelmente não sabe nada de metais valiosos, mas sabe muito de vida, a fala dela nos diz: siga em frente, não desista, lute com alegria. Metafóricas medalhas virão, o que quer que elas representem.
Por vezes ficamos insensíveis e não enxergamos que sonhos e competências merecem cultivo amoroso, com investimento, paciência e habilidade.