Ao passarmos pela experiência intrauterina aprendemos sobre a entrega, de sermos construídos, sem interferência. Simplesmente somos!
O silêncio desse processo criativo logo é substituído por interesses religiosos, educacionais ou comerciais. Vozes diversas sugerindo regras. Precocemente o Ser (essência) é negligenciado em favor do Ter (aparência). A educação bancária, depósito de informações na cabeça do aprendiz, que acontece nas escolas, tende a atrofiar a essência.
Uma vez interiorizadas, estas vozes moldam a visão de vida e podem ocasionar o aparecimento da “mentira pessoal”. Trata-se do pensamento-crença-sentimento mais negativo e limitante que uma pessoa pode ter sobre si mesma e sobre o Universo, permeando toda sua vida de forma inconsciente.
Mantra ou crença
Claro que esse mantra ou crença pode iniciar ainda mais precocemente como durante a gestação, quando a concepção não foi desejada, se houve intenção de aborto e mesmo quando os pais desejam uma menina e nasce um menino. Pode ainda começar na sala de parto na vigência de pensamentos como “a vida é difícil e dolorosa” ou “a vida é uma luta”, impressos sobre o corpo do bebê quando de sua primeira respiração.
Um bebê que interioriza afirmações como: “não me querem” ou “não mereço ser querido”, como compensação ao crescer, faz de tudo para obter atenção e cria vínculos de dependência. Ou então, se afasta das pessoas e evita intimidades que realcem sua vulnerabilidade e receio de não ser apreciado.
Sabemos pouco, talvez nada, a respeito da psicologia da concepção, assim como a respeito dos efeitos que as intenções do casal na relação sexual podem ter sobre a vida.
Não conseguir engravidar é um obstáculo a ser transposto a qualquer custo ou pode conter alguma outra informação sobre a história particular de vida da pessoa?
Até que a “mentira pessoal” seja sanada somos incapazes de nos integrar ao universo e de nos entender, visto ser determinante na forma como criamos e interpretamos a realidade.