Que tipo de pais estamos sendo?

Que tipo de pais vocês são: pais corujas, pais que educam o filho para ser um perdedor… ou pais nutritivos?

A maioria dos pais tem grandes expectativas sobre seus filhos. Isso porque os enxergam como o “Produto” de si mesmos.
É como se fossem a expressão viva do quanto estão se saindo bem na função de pais, e que será julgada pela sociedade.

Pais corujas

Alguns pretendem se realizar através de seus filhos, os induzindo a ser o que não conseguiram e isso pode causar grandes distorções na vida dessa criança, se ela aceitar essa tarefa.

Na verdade estão transferindo sua própria frustração para o filho que teria outros desejos. Nestes casos, os pais se sentem orgulhosos sem se dar conta da infelicidade do filho. Passam por cima do respeito e do olhar amoroso que todo indivíduo merece, para que possa se expressar. É o tal pai “coruja”, que se gaba e exibe a criança o tempo todo como seu troféu.

Muitas vezes deixa de dar estímulos ou limites para a criança, como uma maneira de compensá-la por suas exigências restritivas. Dessa forma está formando um adulto frustrado e que não consegue cumprir seu propósito, nem desenvolver autonomia. Serão eternos credores insatisfeitos.

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Pais perdedores

Por outro lado, temos os pais que não conseguem transmitir confiança para seus filhos e passam mensagens como: não cresça, não seja capaz, não me abandone, não me supere. Esta criança não acredita em si, não desenvolve seu potencial e fica escrava de seu medo de viver. Desenvolve um enredo que chamamos de Perdedor.

Geralmente, essa relação é fruto de pais inseguros e que desenvolveram um mecanismo de defesa de lidar com o medo, desestimulando a criança a ir para o mundo externo, que consideram ameaçador. É como se fossem sua única fonte de segurança e assim se acreditam com algum poder. Criam-na numa redoma, não permitindo que desenvolvam nenhuma autonomia.

Pais nutritivos

Como pais nutritivos, devemos acolher, cuidar e estimular nossos filhos a enfrentarem os desafios da vida, pois este é o melhor caminho para um desenvolvimento saudável da criança, permitindo que expresse sua essência, adquira confiança e seja um adulto com autonomia.

Para atuar desta forma, é preciso que conheçamos nosso próprio enredo e possamos transformar algumas crenças do passado.
Não é possível ser um pai nutritivo se tivemos pais Salvadores ou Críticos; é preciso conhecer o processo, ressignificar alguns conceitos e construir esse Pai interno para si.

Só então, livre de nossos condicionamentos, poderemos atuar como figuras protetoras e formar pessoas saudáveis e felizes.

Faz psicoterapia para adolescentes, adultos e casais. Leciona Curso Básico de Análise Transacional (duração de 12 horas). Coaching (life-coaching e equipes. Realiza supervisão de profissionais ligados à educação (Lar Sírio Pró Infância). Faz palestras diversas sobre temas de autoconhecimento. Criação e Condução de workshops de desenvolvimento. Preparo e Acompanhamento de grupos à Comunidade de Findhorn. “Acredito que a melhor maneira de evoluir é compartilhar experiências.”