Os sentimentos de raiva e rancor são frequentes nos conflitos conjugais. Eles podem ser grandes obstáculos e inimigos atrapalhando a sua chance de reconstrução afetiva e conjugal.
O amor é um sentimento maravilhoso e fundamental para a existência de todos os relacionamentos. Mas ele por si só não basta para que uma relação se sustente de forma saudável. Existe um conjunto de sentimentos que favorece o amor na relação e faz com que a conjugalidade perdure e tenha longevidade. Alguns componentes importantes são: a confiança, a cumplicidade, o afeto, a amabilidade, a gentileza, a reciprocidade…
Conflito é diferente de briga
O ato de se relacionar nos leva a termos conflitos. É impossível se relacionar e não haver conflitos. Faz parte do conviver. Conflito é diferente de briga. Um conflito mal-administrado levará a uma briga e, consequentemente, a uma desavença conjugal. Assim, aprender a manejar e a regular as emoções negativas que aparecem é essencial para gerenciarmos as crises.
Mas vamos falar de dois sentimentos difíceis de administrar numa relação e que surgem devido a um conflito mal-administrado: a raiva e o rancor.
Sentir raiva não quer dizer que você não ame mais a pessoa. Podemos, sim, sentir raiva de quem amamos. Muitas vezes, nesses momentos, quando estamos movidos pela raiva, as palavras ditas não revelam a verdade do coração.
Os sentimentos de raiva e rancor são frequentes nos conflitos conjugais. Eles podem ser grandes obstáculos e inimigos atrapalhando a sua chance de reconstrução afetiva e conjugal. Isso, caso você não consiga regular e gerenciar essas emoções que tomam conta da mente na hora do gatilho do conflito ativado.
Qual é a função da raiva na nossa vida?
A raiva é uma emoção primitiva e temporária. Ela cria dentro de nós um impulso para agirmos, aumentando a nossa energia interna levando a um movimento de ação e mudança. A raiva aciona em nós uma força vital para reagirmos. No entanto, quando ela está ativada, não conseguimos ser seres empáticos e nos abrirmos para ouvir o outro nesse momento.
Enfim, precisamos aprender a conviver com essas emoções que irão sempre aparecer e nos visitar quando os conflitos surgirem. Atualmente, temos muitos recursos que ajudam os casais e as pessoas, de uma forma geral, a desenvolverem técnicas de regulação emocional e gerenciamento das emoções. Dessa forma, elas favorecem a convivência e o bem-estar conjugal e familiar. A busca pela psicoterapia aumentou, consideravelmente, nesses últimos anos, pois é num processo de psicoeducação e aprendizagem que a pessoa desenvolve o autoconhecimento e se torna mais resiliente.