por Sonia Corazza
Desde a decada de 50 as mulheres perseguem o sonho do cabelo liso. Naquela epoca as fórmulas usavam hidróxido de sódio, a soda cáustica, como ativo primcipal nos produtos alisantes, afim de romper as pontes salinas e de hidrogênio presentes nos fios de cabelo, para conseguir obter o efeito liso.
Nem precisa dizer o quão danosos eram os produtos alisantes. O resultado eram fios opacos, quebradiços, sem movimento e sem brilho. Além de couro cabeludo irritado e com outras reações adversas frente à agressão sofrida.
Na década de 70, surgiram alisantes à base de substâncias menos agressivas que possibilitavam uma reformatacão mais lenta do fio de cabelo e causavam menos estragos. Entraram na pauta dos formuladores matérias-primas como os tioglicolatos que reinaram soberanos como ativos alisantes por muitas décadas.
No Brasil, final dos anos 90, início do seculo XXI, um agente muito eficiente, porém extremamente agressivo e tóxico, invadiu os salões de cabeleireiros, garantindo um liso perfeito aos fios: o viläo formol.
Molécula minúscula e altamente reativa, o formol também trouxe uma vantagem adicional para o bolso das clientes: preço muito baixo e facilidade de uso. Mas se essas eram as vantagens, o outro lado era terrível, o formol é uma molécula altamente tóxica e com um dossiê de trabalhos científicos mostrando seu caráter teratogênico enorme. Então o sonho de cabelo liso com pouca tecnologia e resultados rápidos foi para o ralo. Em 2005 a Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária -, proibiu o uso do formol em alisantes e iniciou uma batalha para acabar com as empresas clandestinas que ainda trabalhavam com esse ingrediente tão nocivo.
Seculo XXI, uma nova possibilidade de realinhamento dos cabelos
Entramos nos anos 2000 com uma lacuna a ser preenchida: como entregar para a consumidora um produto que permita obter os fios de cabelo lisos, sem causar nenhum dano?
A resposta veio somente em 2010, com a criaçäo de uma molécula segura e performática, que foi batizada de tecnologia de “realinhamento capilar”. Trata-se de um ingrediente que a cada aplicacão permite a reformatacão do fio, sem causar estragos no cabelo e nem no couro cabeludo. O ativo é uma combinacão de ácido glioxilico e cisteina, portanto consegue abrir as ligacões de hidrogênio e pontes salinas do cabelo, permitindo que o fio seja alisado sem prejudicar sua estrutura natural.
Benefícios a curto, médio e longo prazo
O uso dessa nova tecnologia para alisar os fios também evita a formação de frizz e controla o volume do penteado, além de manter as propriedades vitais, como elasticidade, brilho, maciez e resistência do cabelo.
Vale experimentar!