por Saulo Fong
“Cada vez mais são procuradas novas formas de se relacionar, talvez mais abertas, sinceras e livres”
Vivemos em uma sociedade com diversos modelos de relacionamentos afetivos. Cada um dos inúmeros modelos possui suas próprias regras de conduta, sendo umas mais flexíveis ou rígidas do que outras.
Muitas vezes essas regras estão implícitas ou subentendidas no início da relação por serem um modelo adotado pela maioria das pessoas.
Entretanto, vemos aumentar cada vez mais certos tipos de comportamentos e conflitos de relacionamento, pois apesar desses modelos servirem para facilitar os relacionamentos, as emoções e os sentimentos não são controlados por esses modelos e suas regras.
A mente talvez tente controlar os sentimentos e as emoções criando um conflito entre razão e emoção. Aqui vale uma observação importante: somos seres emocionais antes de sermos racionais. A parte do cérebro responsável pelas emoções se desenvolve antes do que a parte do cérebro responsável pela razão.
Por isso surgem também novas possibilidades de relacionamentos afetivos com menos regras e mais flexibilidade para que os envolvidos possam respeitar a enorme gama de sentimentos e emoções que todo ser humano sente.
Vivemos uma época de transição onde a nova geração questiona antigos valores tradicionais e procura novas formas de se relacionar. Talvez, formas mais sinceras, abertas e livres que possam também servir para um maior amadurecimento emocional de todos os envolvidos com relacionamentos menos possessivos e mais companheirismo.
É claro que para as pessoas apegadas aos antigos valores tradicionais, o novo pode parecer desconfortável, ridículo ou até mesmo nocivo ao seu estilo de vida.
De qualquer forma, alinhar a nossa mente racional com nossos sentimentos e emoções é uma das possibilidades para poder aceitar e viver novas formas de se relacionar plenamente com o outro.