por Gilberto Coutinho
Inflamação aguda ou crônica da mucosa que reveste as fossas nasais. O termo também é utilizado como sinônimo de coriza (inflamação catarral da mucosa das fossas nasais).
Já a sinusite consiste na inflamação dos seios ou das cavidades nasais, região do crânio formada pela cavidade óssea ao redor do nariz, das maçãs do rosto e dos olhos.
A rinite pode ser de fundo alérgico, causada por vírus, bactérias, fungos e, até mesmo, pela poluição atmosférica; lugares frios e úmidos favorecem o aparecimento das crises.
Sintomas da rinite: espirros (especialmente pela manhã); obstrução nasal; irritação e coceira no nariz, nos olhos e no céu da boca; rinorréia (escorrimento de líquido pelo nariz); diminuição da percepção olfativa; e dores de cabeça (cefaléia).
A coriza aguda, de origem aparentemente viral, é epidêmica (proliferação de uma doença infecciosa que afeta, durante um período de tempo e num certo território, um grande número de pessoas), mais comum nas mudanças de clima e no verão. A espasmódica ocasiona uma diminuição transitória do orifício do nariz; geralmente, de origem alérgica, pode manifestar-se por períodos ao longo de todo o ano.
A rinite alérgica consiste na inflamação do revestimento interno do nariz (mucosa nasal), caracterizada pelos sintomas: coceira insistente (às vezes, nos olhos, ouvidos e no céu da boca) e irritação do nariz; espirros repetidos; coriza líquida, transparente, quase aquosa e, em geral, abundante; obstrução nasal (entupimento); olhos avermelhados, irritados, que coçam e lacrimejam; e sensação de escorrimento de secreção pela parte de trás do nariz (gotejamento pós-nasal), que pode causar pigarro e tosse insistentes.
Deve-se atentar para o uso indiscriminado de descongestionantes nasais (alopáticos) e seus efeitos colaterais e prejudiciais à saúde.
Os descongestionantes nasais devem ser utilizados com moderação. Todos eles contêm substâncias vasoconstritoras em sua fórmula. Sua utilização por mais de cinco dias causa uma espécie de intoxicação da mucosa nasal, com a perda do controle de vasoconstrição e vasodilatação locais, criando-se uma dependência ao medicamento, condição conhecida como rinite medicamentosa ou vasomotora.
A grande vantagem dos tratamentos com a Naturopatia e com a Acupuntura Tradicional Chinesa no combate da rinite e da sinusite é que não intoxicam o organismo e nem causam efeitos colaterais prejudiciais à saúde.
O uso prolongado e contínuo dos descongestionantes nasais alopáticos faz com que uma pequena quantidade do vasoconstritor seja absorvida pela mucosa nasal e, consequentemente, alcance a corrente sanguínea. Com a continuação do uso do medicamento, as quantidades absorvidas pela mucosa nasal deixam de ser pequenas, e os efeitos colaterais sobre o sistema cardiovascular tornam-se mais pronunciados: taquicardia (aceleração do ritmo cardíaco a mais de 100 batimentos por minuto); aumento da constrição dos vasos sanguíneos; hipertensão arterial e sobrecarga do coração.
Para identificar clinicamente a rinite, o naturopata investigará a história de vida do paciente, as queixas, os sintomas e sinais. Os exames do nariz (revelará uma mucosa congestionada, pálida e umedecida), dos ouvidos, da boca, dos olhos e pulmões ajudarão na definição do quadro clínico. Em alguns casos, a radiografia dos seios da face se faz necessário.
Terapêutica
Durante a fase aguda, devem-se eliminar os alérgenos alimentares: leite e seus derivados (pois são bons formadores de muco), trigo, ovos, cítricos, milho e pasta de amendoim. Ao eliminar-se o leite e seus derivados da dieta, a produção de muco diminuirá de forma muito efetiva.
Na rinite e na sinusite são utilizados os mesmos procedimentos terapêuticos naturopáticos. No artigo sobre sinusite – clique aqui e leia – há mais informações a respeito do tratamento fitoterápico. Somente se deve fazer uso de remédios e medicamentos sob a orientação e a prescrição terapêuticas. Deve-se combater a automedicação.