por Patricia Gebrim
Todo grande sentimento ou ato se inicia numa sementinha, numa plantinha frágil que precisa ser alimentada até crescer, e que depois de certa etapa, já vive sozinha e não precisa mais de você.
Saber disso tem uma importância que extrapola o mero conhecimento científico. É um saber fundamental para a vida.
Olhe para seu íntimo como se avaliasse um terreno… Que sementes existem por lá? Sementes de amor? De raiva? Inveja? Generosidade? Ciúmes?
Quer saber? Isso não significa muito.
Todos nós possuímos todos os tipos de sementes, possibilidades de um futuro jardim. O que importa, isso sim, é sabermos escolher com consciência quais delas iremos alimentar. E ainda mais importante: quais delas cuidaremos para que recebam o mínimo de alimento possível.
Uma raiva assassina foi um dia um pequeno incômodo. Um ciúme doentio se iniciou com uma curiosidade a respeito do outro. Uma inveja já foi uma admiração que começou a doer em um peito vazio de autoestima.
Quando se trata de sentimentos assim, o importante é não permitir que cresçam, pois a partir de certo calibre, torna-se muito mais difícil curá-los.
Assim, alimente aquilo que deseja se tornar, mas seja absolutamente implacável com o que deseja evitar em sua vida. Se não agir com firmeza, arrancando as ervas daninhas logo que surgem, talvez tenha que viver a difícil experiência de vê-las destruindo a beleza do seu jardim.