por Anette Lewin
"Namoro há três anos um cara. Nunca passamos três meses separados. Tanto eu quanto ele tentamos seguir a vida; conhecemos e ficamos com outras pessoas, mas ele sempre me procura e eu sempre cedo e a gente volta. Gostaria de saber se isso realmente é amor? Não conseguimos ficar longe um do outro e quando nos vemos chega a ser irresistível."
Resposta: As formas de amor são tão variadas quanto os parceiros amorosos existentes na face da terra.
Você me pergunta se brigar e voltar pode sinalizar que o amor entre vocês existe. Pode existir sim mas, no caso de vocês, pode não ser resistente ao tempo. Explico: vocês conseguem se relacionar bem no inicio ou no reinício do relacionamento mas, não conseguem preenchê-lo depois que o encantamento da paixão passa. Aí brigam, separam-se, vivem novas paixões e voltam ao inicio.
Pode-se dizer que isso é amor? Sim. Se o relacionamento de vocês precisa de pausas e de outras pessoas para que resista, isso não o invalida enquanto relacionamento amoroso. Ele apenas não se enquadra nos moldes tradicionais, mas não deixa de ser um jogo amoroso cujas regras são válidas porque foram combinadas e são aceitas pelos envolvidos. Por mais estranhas que possam parecer.
É claro que existe o risco de, em uma das rupturas, um dos envolvidos se apaixonar por outra pessoa e romper definitivamente. Mas quase sempre, junto com o risco vem o ganho. Romper e reatar com a mesma pessoa, depois de eventuais amores intermediários, pode aumentar a certeza de que a pessoa escolhida é melhor, trazendo assim a sensação de uma escolha mais consciente.
É possivel que daqui a algum tempo vocês consigam resolver os desentendimentos, tédios e inseguranças olhando-se nos olhos, sem precisar romper; é possivel também que daqui a algum tempo a relação nem mais exista. Embora não seja possivel prever a duração de um relacionamento amoroso, é importante que suas regras sejam determinadas pelos próprios envolvidos, para que adquira algum significado e alguma profundidade. Dure ele quanto durar.
Atenção: As respostas do profissional desta coluna não substituem uma consulta ou acompanhamento de um profissional de psicologia e não se caracterizam como sendo um atendimento