Ser paciente te ajuda a desenvolver entusiasmo pela vida

por Emilce Shrividya Starling

Todos desejam sentir entusiasmo, bem-estar, ânimo, mas muitas vezes, sentem tristeza, desânimo e inquietude. Uma das maneiras de se perder o entusiasmo é a não aceitação dos acontecimentos, é querer controlar a vida, as pessoas e os fatos.

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O Yoga nos ensina como desenvolver mais entusiasmo através do treinamento da paciência. Temos que aceitar a impermanência do planeta Terra, aceitar os momentos bons e difíceis, o prazeroso e o menos prazeroso. Aceitar tudo que a vida nos proporciona com paciência. Somente assim, vamos sentindo a tranquilidade da mente.

Perceba que quando você quer controlar e dominar os outros, você se torna mal-humorado, irritadiço, pois ninguém quer ser controlado ou dominado. Quando você quer mudá-los, o que é uma ilusão, pois ninguém muda ninguém, você se torna impaciente, nervoso, e muitos conflitos acontecem. Essas atitudes de autoritarismo vêm do ego negativo e geram estresse, cansaço e falta de entusiasmo.

Viva e deixe o outro viver

Como é bom entender esse lema: “Viva e deixe o outro viver”. Além de você se tornar uma companhia agradável, seus exemplos e suas palavras podem ser seguidos, pois como você não está impondo sua vontade, o outro não fará resistência e não haverá briga dos egos.

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É diferente dar um conselho e deixar o outro decidir o que fazer, e outra coisa é exigir ou querer que siga o que você considera certo.

Conta-se que Gandhi, que seguiu a Karma Yoga, com uma profunda vivência da não violência, escreveu uma carta para Hitler, afirmando que ele não concordava com a guerra, pois era contra a violência.

E, alguém questionou Gandhi dizendo: “Você está perdendo seu tempo. Você acha que ele vai ouvir você?”.

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E, Gandhi, calmamente, respondeu: “Se ele seguir meu conselho ou não, pelo menos, eu fiz a minha parte”.

Desapegue-se do resultado de suas ações

Essa sabedoria de Gandhi nos mostra que não devemos nos omitir, que é importante dar um bom conselho, mas devemos nos desapegar dos resultados de nossas ações, e não querer impor nossa vontade.

Nas escrituras do Yoga, a paciência é considerada uma prática espiritual para se alcançar entusiasmo e alegria interior.  É uma virtude muito elevada que deve ser treinada no nosso dia a dia.

A paciência tem muitos aspectos como:  

– Tolerância, que é uma forma de resistência que o impede de sentir estresse, raiva, irritação.

– Resiliência, que é a força para superar desafios e obstáculos.

– Persistência, que é a capacidade de perseverar e sobreviver às dificuldades e à adversidade.

– Firmeza, que é força mental e emocional e a capacidade de resistir ao que não é benéfico.

Paciência: grande lição universal

Se há uma grande lição a ser aprendida nesse mundo, é a paciência. Os Mestres yogues afirmam que somente viemos para esse planeta para desenvolver paciência. Deveríamos sempre pedir a Deus para termos paciência. Paciência conosco, com os familiares, com todas as pessoas e acontecimentos.

Mas, entenda que do ponto de vista espiritual, a paciência não significa ranger os dentes ou esperar pelo momento mais oportuno para agir. Não significa ser submisso e omisso. Não é matar o tempo até que seus desejos se realizem. Não é o refúgio dos fracos e passivos. Não significa suprimir sua liberdade, nem significa deixar que interfiram em sua vida.

Paciência não é somente outra forma de dizer “acalme-se” ou “ fique quieto”. Não adianta muito falar com alguém que está agitado ou irritado: ‘seja paciente!” Muitas vezes, a pessoa fica mais nervosa com essas palavras.

A paciência não é um instrumento que usamos para censurar os outros ou conseguir o que queremos. Não é uma construção mental superficial.

A paciência é uma qualidade que nos torna mais fortes. É a expressão interior de liberdade e força. É o poder vitalizante do entusiasmo.

Um grande Mestre do Yoga, Baba Muktananda, disse: “ A paciência está muito conectada com a disciplina, e a paciência resulta da profunda fé em Deus, da consciência de que eu sou de Deus e Deus é meu, de que Ele não vai me abandonar em situação alguma, de que Ele sempre vai me proteger e me guiar. Para ser paciente, você precisa de fé em seu próprio Ser interior.” Ele nos ensina que para obter paciência, precisamos praticá-la com dedicação, com  disciplina sobre nossa mente, sobre nossos pensamentos. Ela é uma qualidade que amadurece no interior do buscador. É uma parte essencial do processo de aproximar-se de Deus que habita na paz de nosso Ser interior.

Pare agora um pouco essa leitura e faça algumas contemplações:

Por que perco a paciência?

O que me faz perder a paciência comigo mesmo? Com meu corpo? Com as outras pessoas? Com as situações?

Por que perco a paciência em meu trabalho diário? Com meus familiares? Com meus amigos e até desconhecidos?

Será que perco a paciência por que tenho metas e datas específicas em minha mente?

Será que tenho ideias preconcebidas sobre a hora que as coisas deveriam acontecer? ”Ideias que são na verdade desejos disfarçados?”

Será que quero impor sempre minha vontade?

Reflita sobre isso. Observe se está sendo rígido com você mesmo, se está exigindo muito de você para atingir certa meta na vida. Se não está respeitando seus limites tanto do corpo como de suas capacidades e habilidades.

Veja se não determinou pouco tempo para conseguir seus objetivos ou para realizar algo em sua vida. Perceba se quando suas expectativas não são correspondidas ou se seus desejos são contrariados, você perde a paciência.

Entenda que quando um desejo é frustrado, a paciência se perde.

A Bhagavad Gita, uma escritura do Yoga nos diz que o desejo não realizado leva à raiva, que é muito difícil de dominar. Isso gera a impaciência e intolerância.

Se quisermos alcançar a paciência, precisamos desenvolver também a disciplina da mente. E, para isso, as práticas do Yoga ajudam muito. A hatha yoga ensina ao corpo a disciplina do silêncio, treinando a concentração e acalmando a mente.

Se quisermos realmente fazer um progresso espiritual, a paciência é um hábito muito significativo para se cultivar.

A regularidade das práticas espirituais do Yoga, como a meditação e canto dos mantras, que são sons sagrados, nos elevam, tranquilizam, abrindo nossos corações para sentir devoção e fé em Deus. Desse modo, no Yoga a paciência é usada para cultivar paciência.

Aprenda a colocar a paciência em funcionamento e sinta-se com mais entusiasmo. Dê um tempo a si mesmo. Liberte-se da pressa e ansiedade, respirando mais tranquilamente e colocando pequenas pausas em suas atividades.

Aprenda a ter paciência no trânsito, ouvindo músicas suaves. Espere calmamente o sinal de trânsito abrir para você passar sem correr e sem perigo. Ouça as pessoas com mais atenção e boa vontade.

Faça suas refeições, com calma, saboreando os alimentos.

Perceba que quando você se apressa para chegar a algum lugar, você se afoba e pode até se machucar. Quando se apressa para solucionar um problema, acaba se complicando mais. Observe como a impaciência deixa você fora de si, se precipita com as palavras e cria conflitos e discussões sem necessidade.

Antes de fazer algo, dê um tempo para se sentir confortável, respirar livremente e então prossiga com o que tem a fazer. É importante experimentar seu próprio bem-estar e também sentir-se bem antes de falar ou fazer suas ações.

Aprenda a controlar a atmosfera na qual seus pensamentos, palavras e ações se desenvolvem. Cultive a paciência em sua vida diária e torne-se seu próprio amigo.

Fique em paz! Namaste!

 

Ser paciente te ajuda a desenvolver entusiasmo pela vida

por Emilce Shrividya Starling

Todos desejam sentir entusiasmo, bem-estar, ânimo, mas muitas vezes, sentem tristeza, desânimo e inquietude. Uma das maneiras de se perder o entusiasmo é a não aceitação dos acontecimentos, é querer controlar a vida, as pessoas e os fatos.

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O Yoga nos ensina como desenvolver mais entusiasmo através do treinamento da paciência. Temos que aceitar a impermanência do planeta Terra, aceitar os momentos bons e difíceis, o prazeroso e o menos prazeroso. Aceitar tudo que a vida nos proporciona com paciência. Somente assim, vamos sentindo a tranquilidade da mente.

Perceba que quando você quer controlar e dominar os outros, você se torna mal-humorado, irritadiço, pois ninguém quer ser controlado ou dominado. Quando você quer mudá-los, o que é uma ilusão, pois ninguém muda ninguém, você se torna impaciente, nervoso, e muitos conflitos acontecem. Essas atitudes de autoritarismo vêm do ego negativo e geram estresse, cansaço e falta de entusiasmo.

Viva e deixe o outro viver

Como é bom entender esse lema: “Viva e deixe o outro viver”. Além de você se tornar uma companhia agradável, seus exemplos e suas palavras podem ser seguidos, pois como você não está impondo sua vontade, o outro não fará resistência e não haverá briga dos egos.

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É diferente dar um conselho e deixar o outro decidir o que fazer, e outra coisa é exigir ou querer que siga o que você considera certo.

Conta-se que Gandhi, que seguiu a Karma Yoga, com uma profunda vivência da não violência, escreveu uma carta para Hitler, afirmando que ele não concordava com a guerra, pois era contra a violência.

E, alguém questionou Gandhi dizendo: “Você está perdendo seu tempo. Você acha que ele vai ouvir você?”.

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E, Gandhi, calmamente, respondeu: “Se ele seguir meu conselho ou não, pelo menos, eu fiz a minha parte”.

Desapegue-se do resultado de suas ações

Essa sabedoria de Gandhi nos mostra que não devemos nos omitir, que é importante dar um bom conselho, mas devemos nos desapegar dos resultados de nossas ações, e não querer impor nossa vontade.

Nas escrituras do Yoga, a paciência é considerada uma prática espiritual para se alcançar entusiasmo e alegria interior.  É uma virtude muito elevada que deve ser treinada no nosso dia a dia.

A paciência tem muitos aspectos como:  

– Tolerância, que é uma forma de resistência que o impede de sentir estresse, raiva, irritação.

– Resiliência, que é a força para superar desafios e obstáculos.

– Persistência, que é a capacidade de perseverar e sobreviver às dificuldades e à adversidade.

– Firmeza, que é força mental e emocional e a capacidade de resistir ao que não é benéfico.

Paciência: grande lição universal

Se há uma grande lição a ser aprendida nesse mundo, é a paciência. Os Mestres yogues afirmam que somente viemos para esse planeta para desenvolver paciência. Deveríamos sempre pedir a Deus para termos paciência. Paciência conosco, com os familiares, com todas as pessoas e acontecimentos.

Mas, entenda que do ponto de vista espiritual, a paciência não significa ranger os dentes ou esperar pelo momento mais oportuno para agir. Não significa ser submisso e omisso. Não é matar o tempo até que seus desejos se realizem. Não é o refúgio dos fracos e passivos. Não significa suprimir sua liberdade, nem significa deixar que interfiram em sua vida.

Paciência não é somente outra forma de dizer “acalme-se” ou “ fique quieto”. Não adianta muito falar com alguém que está agitado ou irritado: ‘seja paciente!” Muitas vezes, a pessoa fica mais nervosa com essas palavras.

A paciência não é um instrumento que usamos para censurar os outros ou conseguir o que queremos. Não é uma construção mental superficial.

A paciência é uma qualidade que nos torna mais fortes. É a expressão interior de liberdade e força. É o poder vitalizante do entusiasmo.

Um grande Mestre do Yoga, Baba Muktananda, disse: “ A paciência está muito conectada com a disciplina, e a paciência resulta da profunda fé em Deus, da consciência de que eu sou de Deus e Deus é meu, de que Ele não vai me abandonar em situação alguma, de que Ele sempre vai me proteger e me guiar. Para ser paciente, você precisa de fé em seu próprio Ser interior.” Ele nos ensina que para obter paciência, precisamos praticá-la com dedicação, com  disciplina sobre nossa mente, sobre nossos pensamentos. Ela é uma qualidade que amadurece no interior do buscador. É uma parte essencial do processo de aproximar-se de Deus que habita na paz de nosso Ser interior.

Pare agora um pouco essa leitura e faça algumas contemplações:

Por que perco a paciência?

O que me faz perder a paciência comigo mesmo? Com meu corpo? Com as outras pessoas? Com as situações?

Por que perco a paciência em meu trabalho diário? Com meus familiares? Com meus amigos e até desconhecidos?

Será que perco a paciência por que tenho metas e datas específicas em minha mente?

Será que tenho ideias preconcebidas sobre a hora que as coisas deveriam acontecer? ”Ideias que são na verdade desejos disfarçados?”

Será que quero impor sempre minha vontade?

Reflita sobre isso. Observe se está sendo rígido com você mesmo, se está exigindo muito de você para atingir certa meta na vida. Se não está respeitando seus limites tanto do corpo como de suas capacidades e habilidades.

Veja se não determinou pouco tempo para conseguir seus objetivos ou para realizar algo em sua vida. Perceba se quando suas expectativas não são correspondidas ou se seus desejos são contrariados, você perde a paciência.

Entenda que quando um desejo é frustrado, a paciência se perde.

A Bhagavad Gita, uma escritura do Yoga nos diz que o desejo não realizado leva à raiva, que é muito difícil de dominar. Isso gera a impaciência e intolerância.

Se quisermos alcançar a paciência, precisamos desenvolver também a disciplina da mente. E, para isso, as práticas do Yoga ajudam muito. A hatha yoga ensina ao corpo a disciplina do silêncio, treinando a concentração e acalmando a mente.

Se quisermos realmente fazer um progresso espiritual, a paciência é um hábito muito significativo para se cultivar.

A regularidade das práticas espirituais do Yoga, como a meditação e canto dos mantras, que são sons sagrados, nos elevam, tranquilizam, abrindo nossos corações para sentir devoção e fé em Deus. Desse modo, no Yoga a paciência é usada para cultivar paciência.

Aprenda a colocar a paciência em funcionamento e sinta-se com mais entusiasmo. Dê um tempo a si mesmo. Liberte-se da pressa e ansiedade, respirando mais tranquilamente e colocando pequenas pausas em suas atividades.

Aprenda a ter paciência no trânsito, ouvindo músicas suaves. Espere calmamente o sinal de trânsito abrir para você passar sem correr e sem perigo. Ouça as pessoas com mais atenção e boa vontade.

Faça suas refeições, com calma, saboreando os alimentos.

Perceba que quando você se apressa para chegar a algum lugar, você se afoba e pode até se machucar. Quando se apressa para solucionar um problema, acaba se complicando mais. Observe como a impaciência deixa você fora de si, se precipita com as palavras e cria conflitos e discussões sem necessidade.

Antes de fazer algo, dê um tempo para se sentir confortável, respirar livremente e então prossiga com o que tem a fazer. É importante experimentar seu próprio bem-estar e também sentir-se bem antes de falar ou fazer suas ações.

Aprenda a controlar a atmosfera na qual seus pensamentos, palavras e ações se desenvolvem. Cultive a paciência em sua vida diária e torne-se seu próprio amigo.

Fique em paz! Namaste!