“Ah… você tem que ser um bom menino… senão o papai Noel não vai trazer presente!”
Uma simples mensagem como esta, pode ser o início de uma crença limitante, que faz com que a Criança Adaptada se sinta culpada, não merecedora da felicidade, ou até má!
A imagem que criamos a respeito de nós mesmos, é reflexo direto do que escutamos sobre nossos comportamentos, ou nossa aparência. Passo a acreditar que sou adequado ou insuficiente, quando aprovado ou reprovado com frequência.
Ao mesmo tempo estou formando o conteúdo de meu ego Parental, que contém os valores da família, sociedade e cultura as quais pertenço. Estes valores serão meu norte nos relacionamentos.
– Praticar o bem, respeitar o próximo, ser ético, solidário, leal, trabalhador,
ou
– Ser guerreiro, conquistador, egoísta, fofoqueiro, preguiçoso, traidor…
Tudo depende do que me foi passado, no que acreditei e nos padrões que criei.
A Criança Adaptada (submissa ou rebelde) pode se sentir má porque se sente culpada, mas isto é diferente de ter valores conflitantes ao meio, onde existe um consenso a respeito do que é ser bom.
O que é, de fato, uma pessoa má?
Uma pessoa só poderia ser considerada má, se ela, de fato, destoasse da maioria dos valores de sua época, o que para a psiquiatria geralmente se aproxima do diagnóstico de Psicopatia (ausência de valores e sentimentos de empatia), o que é uma doença.
Uma Criança revoltada, vingativa, às vezes também é definida como má, mas estas atitudes são sua maneira de se defender de seus sentimentos de rejeição.
Não podemos julgar sem conhecer sua história. E muitas vezes, mesmo conhecendo, nossa mente racional não consegue compreender no momento.
Portanto, precisamos rever nosso conceito:
Existem pessoas más?
Para mim, a essência do ser humano é boa, amorosa e social. No mais, os comportamentos condicionados são frutos de nosso enredo.
E você, o que pensa a respeito?