O vício em usar o vibrador pode ocorrer sim. Assim, para além do uso de acessórios sexuais, temos que integrar a capacidade erógena do corpo todo com o potencial erótico imaginativo…
E-mail enviado por uma leitora:
“Só consigo gozar usando o vibrador… E isso há uns dois anos. Estou precisando aumentar a intensidade da vibração para obter o mesmo prazer de antes e o tempo da masturbação está se prolongando… Fico meio ansiosa com a possibilidade de a pilha acabar… Isso pode sinalizar que estou ficando viciada? O que eu faço hein? Muito obrigada”
Por que ocorre o vício em usar o vibrador?
Resposta: O vibrador é, sem dúvida, um acessório que pode beneficiar a mulher na experiência de orgasmo. Todavia, esse prazer sexual obtido de forma única e mecânica pode perder o seu efeito recompensador levando à necessidade cada vez maior do aumento da potência do estímulo.
Além disso, o vibrador provoca uma estimulação localizada e controlada pela mulher podendo sim torna-se um condicionante para essa experiência de prazer. Mas, fatores emocionais perturbadores ou distratores (“e se a pilha acabar…”) também podem interferir no prazer ou até bloqueá-lo.
Assim, para além do uso de acessórios sexuais, temos que integrar a capacidade erógena do corpo todo com o potencial erótico imaginativo, que funcionam como combustível para a excitação.
O orgasmo é uma experiência que envolve a conexão do corpo e da mente, seja a sós ou na relação com o parceiro(a).
Do mesmo modo, é necessário experimentar o prazer de várias formas para explorar muitas sensações, e revezar o sex toy com a estimulação manual pode ser uma delas. Outra, por exemplo, é experimentar os *bullets que estimulam o clitóris e permitem sensações intensas de excitação.
Para finalizar, não aposte as suas fichas numa única forma de estimulação sexual, pois todas as formas de prazer servem de meio e não de um fim em si mesmo para a sua satisfação sexual.
*O bullet é um minivibrador para massagear o clitóris.
Atenção!
Esta resposta não substitui uma consulta ou acompanhamento de uma psicóloga e não se caracteriza como sendo um atendimento.