por Arlete Gavranic

É enorme o número de pessoas que acessa sites pornográficos. Para alguns isso faz parte do cotidiano: ver sexo, pensar em sexo…

Muitos usam esses acessos como forma de estimulo e excitação para uma intimidade sexual com o parceiro (a).

Para alguns casais a Internet pode fazer parte de um jogo de sedução. Hoje é muito mais comum encontrar casais que trocam e-mails sacanas, enviam fotos ou filmes capturados na Internet para dizer: ‘precisamos experimentar assim’ ou ‘estou com saudades de fazer assim’. Muitos apimentam suas conversas via MSN.

Mas ainda existem muitos casais, principalmente mulheres, que sentem-se ofendidas e subjugadas quando percebem seu parceiro ‘viciado’ em acessar sites com conteúdo erótico e usam essa ferramenta para se excitarem. Para muitas isso traduz que o desejo não é por ela. Para elas, a relação dele é com a fantasia e com o conteúdo acessado.

Recebo vários os e-mails e pacientes com esse tipo de queixa. Muitas consideram isso traição, outras mais místicas acreditam que essa energia sexualizada por outra pessoa pode envolver o parceiro e torná-lo compulsivo; outras se deprimem, outras se tornam ciumentas e controladoras e por vezes até agressivas. .

A grande maioria dessas mulheres tem sua auto-estima fragilizada, por não se sentir desejada.

Pornografia e erotismo

A palavra sexo/sexualidade talvez seja hoje uma das palavras mais digitadas em sites de busca.

A pornografia e o erotismo sempre tiveram muitos apreciadores e muita repressão durante a história da sociedade. Mas em todo relacionamento alguns pontos precisam ser combinados para que a individualidade seja preservada, mas também, para que nenhum dos dois saia machucado.

Essa busca por conteúdo erótico e pornográfico deve ser feita de forma que a outra parte não se sinta rejeitada, desprezada, traída ou usada. Esse é um cuidado que todas as pessoas que estão num relacionamento devem ter.

Mas como não magoar o outro?

Você pode-se valer de algumas estratégias:

Inserir a parceira nesse mundo erotizado, enviando e-mails/mensagens sensuais falando de desejos, relembrando momentos/cenas que viveram e foram interessantes ou até sugerindo uma cena ou fantasia. Isso deve acontecer aos poucos para ir acostumando o parceiro.

Vale uma ressalva, invista nessa erotização falando de vocês dois (eu estava imaginando…), e não de uma cena que viu com outra pessoa.

Se realmente não houver espaço para dividir essa eroticidade, preserve sua individualidade, mas lembre-se que isso não é mentir, mas o seu direito de ver cenas/fotos que sejam interessantes e estimulantes para você. Mas para evitar problemas faça isso longe dos olhos dele (a), e se você estiver precisando desse recurso para excitar-se, use o recurso da imaginação e da lembrança quando ele (a) estiver junto. Afinal, o que os olhos não veêm o coração não sente!