Cada um está em sua própria etapa nessa caminhada evolutiva. Não nos cabe julgar o tempo e as escolhas de cada um, então seguimos em paz, com pouquíssimas pessoas ao nosso lado. Às vezes… Sozinhos.
Quando olho para trás, percebo o quanto desperdicei minha energia, lá no passado, tentando me encaixar nos padrões considerados normais.
Me forcei a tantas coisas… A ir a festas, a dormir tarde, a rir quando não tinha vontade, a fazer o que outros queriam que eu fizesse.
Isso acontece com muitos de nós devido ao forte condicionamento pelo qual passamos desde que nascemos por aqui, neste planeta.
Um dia, no entanto, aprendemos a ser fiéis aos nossos “sins” e, principalmente, aos nossos “nãos”. Não se enganem, esse não é um caminho confortável. Quanto mais nos aprofundamos em direção ao sagrado que nos habita, mais sentimos uma profunda falta de conexão com muitos dos que nos rodeiam. Não porque assim desejamos ou escolhemos, mas porque já não há sintonia entre nós.
Ainda assim, arrisco dizer que aprendemos a amá-los “mais”.
Aprendemos a nos libertar, e a deixar livres os que amamos.
Amamos sem esperar nada em troca.
Já não esperamos aceitação, compreensão ou aprovação.
Tudo bem se não concordam conosco.
Tudo bem se preferem se afastar.
Tudo bem se não nos compreendem.
Tudo bem MESMO.
Aceite o outro, está tudo certo… e siga tranquilo…
Quando entendemos que nossa forma de perceber o mundo torna-se difícil para o outro, nos tornamos capazes de aceitar isso, com o coração manso e sem mágoas.
Cada um está em sua própria etapa nessa caminhada evolutiva. Não nos cabe julgar o tempo e as escolhas de cada um, então seguimos em paz, com pouquíssimas pessoas ao nosso lado. Às vezes… Sozinhos.
Sem sofrer, pois há imensa paz na solitude, quando esta é filha da rendição do ego à alma.
O prazer puramente egoico é substituído por uma ALEGRIA luminosa, que se manifesta cada vez que damos um passo a mais no caminho da evolução.
Nos vem um encantamento pelo PROCESSO, a sensação de estar vivos a cada nova descoberta. Evoluir é a nova “paixão”.
“Como explicar isso a quem busca essa sensação de vida nas paixões humanas, nas festas, nas substâncias ou em qualquer coisa que faça parte desse mundo externo?”
………………
Nunca acredite saber mais sobre os outros do que eles mesmos.
Apenas seja.
E permita que cada um seja o que precisa ser.
Receba meu amor.
Patricia Gebrim
É Psicóloga Clínica, atua numa abordagem transpessoal. Seu trabalho é direcionado a favorecer o autoconhecimento e a transformação das crenças limitadoras que nos mantêm aprisionados a padrões repetitivos de escolhas. É escritora, publicou 'Gente que mora dentro da gente' e o best-seller 'Palavra de Criança' pela editora Pensamento
