por Eduardo Ferreira Santos
"Estou num quadro depressivo terrível. Desejo de abandono de tudo, por sofrer assédio no local de trabalho pelos meus chefes."
Resposta: A questão do assédio moral, tanto no trabalho quanto nas relações familiares, tem tomado cada vez mais espaço nas discussões psicológicas e jurídicas.
Valendo-se de uma posição hierárquica superior, o assediador mantém o assediado refém de suas atitudes muitas vezes psicopáticas, visando manter a "vítima" permanentemente ansiosa, temerosa e dependente das vontades perversas do assediador.
É claro que ninguém é obrigado a viver sob esse "inferno", porém sua fragilidade emocional o impede de tomar qualquer atitude de rebeldia e libertação.
O caminho, além dos jurídicos, é claro, para se livrar de situações desse tipo, é a pessoa adquirir uma maior autoconfiança, melhorar sua autoestima, reconhecer-se como pessoa e enfrentar a vida de frente, encarando as adversidades com muita força de vontade.
Sei que isso é difícil, pois o estado depressivo leva a um maior grau de submissão, restando, portanto, o caminho de um trabalho psicoterapêutico para reformular suas posturas de vida e crescer no plano de um psiquismo mais saudável e resistente.
O assediador, por seu lado, também tem suas fraquezas e as "esconde" em suas atitudes aberta ou veladamente agressivas, justamente para fazer valer uma superioridade que, no fundo, não possui verdadeiramente.
O caminho, então, é encontrar-se em SI MESMO e não acreditar que DEPENDE de outra pessoa para existir. E nisso, uma psicoterapia, seja em que linha for, poderá ajudá-la a alcançar.