Ser gordinha, mas sendo feliz no sexo

Veja dicas práticas para se permitir ser feliz no sexo, mesmo sendo gordinha

Aprender a gostar de si mesma é uma necessidade vital. Se você é magra demais, gordinha, baixa ou mais alta que a maioria, não pode se excluir pela diferença, mas aprender a gostar daquilo que você é.

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Mas a mulher que tem uma estrutura corporal maior que o ´padrão´ determinado pela moda (a gordinha), é pressionada pelos grupos de amigos e familiares; sofre bullying; é discriminada, principalmente em escolas, academias e universidades.

Ninguém aqui está defendendo um problema de saúde, que é a obesidade mórbida, que traz riscos à saúde integral. Falo é daquela mulher que tem um padrão corporal grande (G, GG ou Exg), gordinha, que apesar do sobrepeso, é saudável e bem disposta com a vida. No entanto, ela traz o risco de ter a sua vida psicológica abalada, caso se deixe levar só pelo padrão de beleza e de magreza impostos pela mídia. Ela pode inclusive ficar deprimida.

Por isso, muitas mulheres se escondem, só usam roupas escuras e largas, fogem dos clubes, praias e situações de maior exposição corporal. Já outras brigam com a numeração e ficam tentando usar roupas 1 ou 2 números menor que seu real tamanho, o que fica feio e até vulgar. Isso vale para adolescentes, mulheres maduras e da 3ª idade.

Imagine na hora da intimidade então… muitas se escondem mais ainda, luzes apagadas para não serem vistas, e o pior, muitas carregam a sensação de não acreditar que possam e mereçam ser desejadas e queridas, pois estão “fora do padrão”.

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Essa sensação de ‘eu não faço parte dessa beleza’, dificulta ainda mais a conquista de uma autoestima saudável. E isso atrapalha mais ainda a conquista da autoconfiança: ‘eu posso ser gostosa, querida, desejada e ter muito prazer sendo como sou’.

Gordinha, mas sendo feliz no sexo

Aprender a gostar de si e a explorar suas curvas de modo sensual ajuda a trazer mais autoestima e autoconfiança para a mulher que está acima da medida ditada pela mídia. Vestir-se de modo bonito, alegre e jovial também ajuda a manter alto o astral. Aliás, atualmente se encontra várias confecções que se especializaram em vestir gente g de maneira moderna, alegre e sensual, inclusive em lingeries e camisolas sensuais.

Isso mesmo, a sexualidade começa em você se aceitar ‘mulherão’, aprender a se gostar… Aí a moda adequada ao seu tamanho ajuda você a sentir-se mais confiante. Daí para uma vivência sexual prazerosa, já temos uma boa parte do caminho andado!

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No sexo, aprender a conhecer as zonas de prazer do seu corpo é sempre um passo importante, pois se você conhece como seu corpo funciona, é mais fácil pedir, sugerir e mostrar o que te estimula.

Buscar posições que sejam confortáveis para você e seu parceiro(a) sempre é importante, sejam vocês mais ou menos gordinhos.

A dica para mulheres que ao ficar por cima podem obter uma melhor fricção da região do clitóris e intensificar o prazer, vale inclusive para as gordinhas. Outra dica, evitar posições de ladinho para quem tem abdômen ou mamas protuberantes pode ajudar a não dar aquela sensação de muito volume – principalmente se tiver espelho por perto – que pode trazer a mania de se olhar e gerar pensamentos incômodos ou inseguros. Isso desvia a atenção do momento sexual de prazer.

Gordinha em alta na renascença

As mulheres retratadas na arte renascentista eram ‘cheinhas’ e roliças em suas formas. Hoje, esse padrão, um modelo de beleza desejado naquela época, é criticado.

No entanto, hoje, a população no mundo está engordando, pois os padrões alimentares mudaram e o gasto de energia se reduziu com as modernidades que nos poupam esforços físicos como: controles remoto de TV, ar-condicionado, cortinas, Álexa´ que nos poupa levantar para acender ou apagar luzes… Sem contar carros com vidro elétrico, câmbio automático…

Concluo este texto reiterando que não importa a sua forma física, aprenda a dar vazão à sua sensualidade e ao seu desejo. Dê-se o direito de viver o prazer de ser você e ser sexualmente feliz!

Psicóloga, Mestre em Educação; Educadora e Terapeuta sexual pela Sbrash, Coordenadora e docente dos cursos de Pós-graduação lato sensu em Educação sexual e em Terapia sexual do ISEXP/ Sbrash. Docente dos cursos de pós-graduação em Educação sexual e Terapia sexual da UNISAL e coordenadora do pós de Terapia Sexual da UNISAL.