por Anette Lewin
“Conheci uma pessoa na net e estou apaixonada. Não tenho coragem de dizer para meu marido e nem de separar-me dele. Quando estou com o outro é maravilhoso, uma delícia… mas depois vem o remorso, não tenho motivos concretos para fazer isso com meu marido.”
Resposta: Talvez, entender melhor o que a leva a esse relacionamento extraconjugal, possa ajudá-la a resolver o problema. Em primeiro lugar seu comportamento pode não significar algo que você faz “contra seu marido”, mas algo que você faz por você. Relacionar-se amorosamente com um único parceiro é uma convenção que a sociedade adota para “proteger” a família e evitar disputas por ciúmes, entre outras coisas.
Essa convenção já vigora há muito tempo, mas ultimamente tem sido questionada através de novos tipos de relacionamento e novos tipos de família. A fidelidade, por sua vez, faz parte do contrato de casamento formal, embora não seja espontânea em todas as pessoas. Se a tendência da maioria das pessoas fosse ser fiel não haveria necessidade de leis determinando que o casamento fosse monogâmico, não é?
Voltando ao seu comportamento: você tem um caso e se culpa por isso. Ninguém, a não ser você mesma pode decidir esse conflito. Comportamentos não convencionais como o seu envolvem riscos, culpas, desconfortos mas são mobilizadores. Comportamentos convencionais, por outro lado, envolvem sentimentos de conforto, segurança e adequação, mas podem gerar uma sensação de monotonia em algumas pessoas. Para escolher que rumo tomar pense: de qual dessas sensações você está mais disposta a abrir mão?
ATENÇÃO: As respostas do profissional desta coluna não substituem uma consulta ou acompanhamento de um profissional de psicologia e não se caracterizam como sendo um atendimento