por Margareth dos Reis
“Sou casada faz um ano e dois meses. Eu e meu marido não estamos tendo uma boa relação na cama, parece até que ele se acomodou. Já conversei com ele sobre as minhas insatisfações na cama e ele não mudou. Agora vou começar a fazer terapia pra ver se consigo ajudar em algo. O que mais devo fazer, pois às vezes acho que a melhor solução é me separar.”
Resposta: Pelo visto, você e o seu marido podem estar enfrentando a seguinte dificuldade no convívio conjugal: falta de intimidade para dialogar sobre problemas comuns.
O fato de você ter falado com ele sobre as suas insatisfações na cama não significa que ele tenha entendido do jeito que você gostaria que ele entendesse e nem que ele estivesse preparado para resolver essa questão. Ou seja, se a comunicação do casal não for efetiva para produzir melhores resultados em suas áreas de conflito, isso pode despertar insegurança quanto ao destino da relação comprometendo todas as experiências compartilhadas.
Além disso, a convivência a dois impõe uma realidade que precisa ser reconhecida e bem administrada: ao mesmo tempo em que é preciso respeitar uma rotina para certas coisas, também é preciso saber escapar dela em outros casos. E esse aprendizado, que depende da percepção de ambos os lados, é necessário para se exercer a criatividade que alimenta a conexão com o prazer a dois.
Mas nem sempre ambos estão na mesma sintonia, e isso pode constituir um empecilho para aproximações descontraídas.
Contudo, um passo muito importante já foi dado para que esse problema seja mais facilmente enfrentado, que foi o de buscar ajuda especializada quando necessário. Por isso, procure valorizar essa sua primeira iniciativa da busca pela psicoterapia em vez de já decretar o fim do relacionamento a dois. O autoconhecimento favorece a mudança de atitude, fator indispensável para a satisfação pessoal e para a percepção de novas formas de interação a favor do ajuste do casal, inclusive no aspecto sexual.