A maioria de nós só sabe amar pequeno

Amar é a mais bela expressão de generosidade. Entendam, quando se fala em generosidade é preciso entender que dar é “dar”. Dar mesmo. Muita gente não entende isso. Se você faz algo por alguém, se dá atenção, carinho, faz um favor, se dá seu amor… Não espere nada em troca. Isso é dar.

O que é amar grande?

O amor real, aquele grandão, de verdade, não precisa de contratos, não impõe condições, não tem expectativas.

Mas como muitos de nós só sabemos amar pequeno, deveríamos ao menos deixar as cláusulas do contrato bem legíveis, de forma que o outro possa escolher, decidir se concorda com aquilo ou não. Muitos relacionamentos são como contratos com aquelas letrinhas minúsculas no final, que ninguém consegue ler.

Assim, se você está se relacionando para receber algo, então deixe isso bem claro e diga:

– Vou te “amar” (sim, entre aspas, pois isso está longe de ser amor) , mas espero que faça isso, isso e isso em retribuição, espero que se submeta a tais e tais vontades, cuide de tal e tal coisa…

Ouçam.

Cada um de nós vive o amor que está pronto para viver

Há quem ame grande, mas muitos ainda vivem esse amor pequeno, e dessa forma vivenciam as lições necessárias para seu nível de consciência. Assim, se você ainda precisa viver esse tipo de relacionamento, não se julgue. Viva o que precisa viver. Ao menos coloque com clareza suas expectativas. Não tem coisa pior do que aquela conversa: “depois de tudo o que fiz por você.”

Patricia Gebrim

É Psicóloga Clínica, atua numa abordagem transpessoal. Seu trabalho é direcionado a favorecer o autoconhecimento e a transformação das crenças limitadoras que nos mantêm aprisionados a padrões repetitivos de escolhas. É escritora, publicou 'Gente que mora dentro da gente' e o best-seller 'Palavra de Criança' pela editora Pensamento