Era uma manhã de outono, e um sol doce entrava pela varanda da sala. Uma menina de 4 anos rodopiava de braços abertos, com uma leveza de alma comovente.
Ela parou, olhou-me e disse: “Não é verdade que Deus é invisível, e Ele está em todo lugar?”
Eu respondi: “Quem te disse isso?”
Sorrindo, ela respondeu: “Ninguém. Eu sei.”
Meu coração chorou nesse momento… raramente temos a oportunidade de presenciar uma manifestação tão bela como essa. Sentir, saber… o sagrado se manifestando com a natureza mais pura da alma de uma criança. O sagrado que pode ser “sentido”.
Você já pensou nisso? Em que momento esse sentimento do sagrado se manifestou na sua vida? Não estou falando de crença, estou falando de algo tão profundo que é quase inexplicável. De algo tão leve que simplesmente “é”. Como uma brisa, ou a luz do sol e da lua… ou o sentimento de que há algo maior que está presente em nossas vidas.
A racionalização da vida acabou tornando-a concreta demais… contas para pagar, trabalho, stress, obrigações. Esta parte da vida é importante, sem dúvida. Mas o problema é que entramos num “looping” e nem percebemos as manifestações da natureza sagrada.
Você já olhou para o seu filho? Ele brotou de um milagre da vida… cada molécula do nosso corpo trabalha para que você permaneça vivo e busque um sentido para a sua existência. Então pare um minuto e sinta seu coração batendo, seus olhos olhando o céu, a luz, as estrelas… seu corpo sentindo a brisa do mar, o som dos pássaros e seus pés pisando na terra. Ou simplesmente observe a riqueza de ver suas mãos tocando seu corpo na hora do banho… sua vida é um milagre. Talvez o maior de todos. Não deixe essas sensações morrerem despercebidas.
Conecte-se à sensibilidade da alma.