por Carminha Levy
A vida é uma dádiva, mas infelizmente nós não estamos conscientes disso. Andando na multidão constatamos que geralmente as fisionomias são tensas e carregadas. Todos parecem estar ligados na tomada e não notam a beleza que existe em volta.
São Paulo, nossa cidade de pedra, também é um grande coração amoroso, pois agrega e acolhe todos que aqui chegam; está cercada de árvores floridas de roxos e amarelos nessa época, porém poucos veem essa beleza.
São Paulo também é prodiga em oferecer oportunidades a quem queira trabalhar e colaborar com o crescimento dessa megametrópole.
O que poderemos oferecer para que os paulistanos tenham seus olhos abertos para ver os sorrisos das crianças e a simpatia que emana de uma gente que se abre cada vez mais para a solidariedade?
Da minha parte quero oferecer um rápido diagnóstico sobre o que ocorre com esses olhos fechados. Minha intuição me leva a adentrar no inconsciente profundo pessoal e coletivo e sou levada pelo meu Pakauwah a uma região onde impera o medo. Pois é ele o grande vilão que impede que a beleza e a exaltação da dádiva de viver possa ser sentida. Isso nos desconecta de sermos felizes com as pequenas alegrias do dia a dia.
Medo masculino e feminino
O medo inconsciente (ou não tão inconsciente) parece estar sempre de tocaia para nos angustiar, pode ser agrupado em duas categorias, feminino e masculino.
Para nós mulheres o grande medo é ser abandonada. Obviamente não se manifesta em todos os casos, mas ocorre tão frequentemente que integra tudo que decorrer do arquétipo do abandono. Podemos perguntar abandonada por quem?! Medo de ser abandonada por outros humanos ou mais especificamente pelo homem que é a alma gêmea.
Vocês sabem o que é alma gêmea?
Muitas de nós buscam incessantemente essa pessoa única, que sempre estará presente e que nunca nos abandonará. Desejam apaixonar-se por essa energia. Mas… Será que ele existe? Pois eu lhes afirmo que essa parte está dentro de vocês, é sua complementação masculina, seu Animus. A energia da alma gêmea, do companheiro de alma é o profundo desejo de cada mulher e do homem também de se enamorar e se unir com sua outra parte. Dessa forma, o sentimento de abandono, o medo de estar sozinha(o) jamais voltará.
Agora vejamos o medo masculino. Trata-se do medo do fracasso, esse é um medo essencial da nossa cultura. Vocês homens têm suas próprias expectativas, expectativas da sua família e todos eles esperam que você tenha êxito e o fardo nas suas costas fica pesado demais.
Como é que sabem que é um fracasso?
Vocês homens encontram-se demasiado concentrados na meta. Homens, me ouçam… as imensas histórias de êxito e, todas elas, se encontram uma por cima das outras no enquadramento temporal do “agora”. Lembrem-se, nós estamos conectados com as multidimensionalidades.
O que frequentemente consideram um fracasso pode ser uma alavanca para uma grande oportunidade de uma retrospectiva de vida, mudança de valores que o fará deixar para trás as personas do vencedor que lhe impedia de entrar no âmago de sua alma.
Ao invés de sentir-se pressionado com o medo “estou falhando… vou fracassar” mude sua visão: não julgue a si mesmo e liberte-se dos resultados. Ao contrário, celebre o lugar exato em que se encontra agora. Nem todas as coisas são o que parecem ser.
O que se considera na terceira dimnensão um caminho (a própria vida), uma meta ou um êxito pode ser que não passe do inicio de algo muito diferente, pois há coisas que só lhe serão reveladas à medida que caminhar no tempo linear, ou seja, viver.
Festeje o ponto em que sua vida se encontra independente do que possa estar acontecendo, liberte-se desse condicionamento que só pode ser anulado através da compreensão espiritual, pois você é um Ser Divino.
A grande meta de nós homens e mulheres é sermos felizes, alegres e libertos no aqui e agora onde diariamente escrevemos nossas histórias de vida.