Por Joel Rennó Jr.
Ansiedade pode se refletir numa dor física, em sensações de pânico e, por que não, na compulsão por comer. Afinal, o “start” para o problema constatado na balança pode estar relacionado ao processo de compensação, digamos assim.
É sabido que o ato de comer é histórica e cientificamente uma fonte de prazer. Simplificando todo um processo químico cerebral para facilitar a compreensão, é possível, sem dúvidas, que pessoas ansiosas ou depressivas descontem (ou compensem) suas frustrações ou expectativas literalmente no prato!
Ansiedade e o comer compulsivamente
Se frequentemente uma pessoa se alimenta, fica satisfeita e continua a comer e a comer, às vezes até passar mal, perdendo o controle sobre a própria vontade, é preciso investigar, pois algo não está normal.
Não se trata aqui de um exagero esporádico numa festa, num churrasco com amigos ou numa pizzaria. Torna-se preocupante quando o episódio é recorrente.
A compulsão alimentar acaba resultando em excesso de peso e busca por emagrecimento.
A compulsão alimentar, conhecida em inglês por “binge eating”, é comum em mulheres obesas que procuram tratamento para emagrecer.
Características:
Os episódios compulsivos devem ocorrer pelo menos dois dias por semana, com uma duração mínima de seis meses, para que tal diagnóstico seja realizado.
Não há uma distorção da autoimagem corporal, como em outros transtornos alimentares, mas há sentimentos de depressão e angústia gerados pela compulsão.
Estas pessoas comem sozinhas, até sentirem-se “cheias”.
Causas da ansiedade
Há vários fatores envolvidos na etiologia (causa) da ansiedade, incluindo os biológicos, psicológicos, sociais e a complexa interação entre eles pode dar resultados inesperados ou imprevisíveis.
Qualquer um de nós pode sofrer de transtorno de ansiedade ao longo da vida, porque o que difere é apenas o limiar de cada pessoa para o desencadeamento da doença.
A frequência do Transtorno de Ansiedade costuma ser maior nas mulheres, variando de 1,5 a 3 vezes que a encontrada nos homens. Alguns fatores como gatilhos hormonais e resposta diferente a estressores socioambientais e afetivos podem justificar a maior prevalência no sexo feminino.
É notório que as mulheres procuram por tratamentos com maior frequência que os homens, o que pode aumentar essa relação.
Ninguém perde peso e mantém-se no peso ideal sem uma dieta equilibrada, exercícios físicos regulares, domínio de técnicas de autocontrole, já que o estresse cotidiano e certos fatores ambientais são os maiores obstáculos do comportamento de emagrecer.
Em nosso próximo post, vamos abordar os possíveis tratamentos para o Transtorno de ansiedade que resulta num comer compulsivo.